Pressionar Tom Brady
Poderia facilmente colocar cinco vezes aqui que os Falcons precisam pressionar Tom Brady. Como seria muito tolo e nossos leitores ficariam bastante chateados, vai uma vez só, até porque já falamos mais detalhadamente sobre isso. Os Patriots permitiram pressão em apenas 15% dos snaps nas duas partidas de Playoffs, número extremamente baixo. Qualquer torcedor de New England sabe que uma das principais razões para as duas últimas derrotas no Super Bowl foi Brady ter sofrido pressão (em ambas sofreu mais de um sack). Então, novamente, Atlanta precisa explorar sua força no pass-rush e tirar o conforto do quarterback adversário – algo que Vic Beasley e cia. tem feito bem na pós-temporada.
Anotar pontos no começo do jogo
A verdade é que não dá para confiar tanto na defensiva para os Falcons conseguirem sair com a vitória. Além disso, é nítido que Bill Belichick sabe administrar muito bem o jogo quando em vantagem no placar, com um jogo eficiente queimando o relógio e minando as forças do adversário. Assim, é essencial anotar pontos no começo e poder explorar toda versatilidade ofensiva. A propósito, os Falcons foram a equipe que melhor fez isso durante a temporada regular: 18.8 pontos de média no primeiro tempo, disparada a melhor marca. Mais do que isso, anotou touchdown na primeira posse de bola em 9 dos últimos 10 jogos – e Tom Brady não tem nenhum touchdown em primeiro quarto de Super Bowl. Certamente ir para o vestiário com vantagem no placar fará com a vida da equipe muito mais tranquila, principalmente forçando o adversário a passar a bola.
Explorar os running backs
É verdade que Matt Ryan vem voando e indubitavelmente é um candidato fortíssimo ao premio de MVP da temporada. Todavia, muito dessa produtividade se deve ao ótimo dinamismo do ataque de Atlanta. Se Ryan é genial lançando, Julio Jones é igualmente recebendo, e a dupla de corredores Devonta Freeman e Tevin Coleman também vem fazendo chover. Os dois combinaram para 24 touchdowns e mais de 2,400 jardas entre recepção e corrida durante a temporada regular. Freeman é certamente mais técnico, enquanto Coleman é extremamente rápido, e um perigo constante no screen. Contra a boa defesa dos Patriots, abusar dos passes curtos e corridas será essencial para tirar atenção da secundária em cima de Julio Jones e eventuais passes longos. Em adição, controlar o relógio mantendo Brady fora de campo é uma boa saída para expor pouco a defesa.
Vencer nos turnovers
Outro trunfo do ataque da franquia é em termos de proteção da bola: são 11 turnovers no total até aqui, sendo que não cometeu nenhum nos últimos quatro jogos. Nos últimos seis jogos Matt Ryan não lançou nenhuma interceptação, enquanto a defesa conseguiu forçar oito. O resultado? Seis vitórias, contra alguns dos melhores times e quarterbacks da NFL. Se conseguir manter esse nível, as chances da equipe aumentam vertiginosamente. É evidente que a melhor forma de parar o ataque dos Patriots é pressionando e forçando turnovers, assim como os Texans fizeram. Na ocasião, faltou um ataque decente para conseguir colocar os pontos e vencer; já para os Falcons a situação ofensiva é muito mais favorável.
Esticar o campo
É evidente a capacidade dos running backs dos Falcons, como já dissemos um pouco acima. Além disso, Julio Jones é um dos melhores da liga recebendo passes; para completar, Mohammed Sanu vem sendo extremamente eficiente e agarrou 86.5% dos passes em sua direção desde a semana 8 (melhor marca da liga). Entretanto, posso apontar Taylor Gabriel como um forte candidato à herói inesperado. O pequeno recebedor terá um papel fundamental: esticar o campo e abrir espaços para seus companheiros aparecerem. O recebedor tem uma média de 42.6 jardas nos seis touchdowns que anotou este ano, tendo uma recepção de mais de 40 jardas em 8 de 13 jogos. Sua presença será importante para tirar a marcação dos safeties da linha de scrimmage, já que seu principal atributo é a velocidade. Isso também impedirá que a secundária dos Patriots consiga dobrar a marcação nos outros wide receivers com facilidade. E se tem alguém que passa bem em profundidade, este é Ryan: melhor rating da temporada em passes longos. Ah, e quando o alvo é Gabriel, passer rating de 139.9, maior marca entre recebedores com mais de 50 alvos.
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