O ProFootball, ontem, anunciou o lançamento de uma nova liga nacional de futebol americano. Substituindo a Superliga, a Brazilian Football League viria com um novo modelo de gestão. Ao invés de administração da CBFA (Confederação Brasileira de Futebol Americano), a liga seria administrada pela coletividade de clubes que a ela pertencem – tal qual outras ligas bem sucedidas ao redor do mundo, notoriamente a NFL no futebol americano e a Premier League no futebol. À CBFA caberia apenas a seleção brasileira da modalidade.
Pois bem; O processo foi divulgado amplamente pela imprensa nacional (seja por sites como nós, cujo foco está na NFL, ou por outros com foco na prática brasileira da modalidade). Quando da revelação, por parte da imprensa, houve diversas críticas quanto ao nome em inglês, o logo extremamente semelhante ao da NFL e um problema: o Grupo Globo já havia registrado o nome “Brazilian Football League” junto aos órgãos públicos. Durante o processo, não houve praticamente nenhuma comunicação oficial por parte da organização do campeonato. Não recebemos qualquer release oficial (coisa que, para se ter ideia, times fazem e uma liga que se propõe a ser melhor gerida, não).
Após, às 21h, a organização anunciou pelo Facebook que tudo não passava de uma jogada de marketing. “Você achou que eu iria me chamar BFL?
Logo eu, nascida e criada em terras brazucas?! Com muito orgulho apresentamos pra vocês a BFA – Brasil Futebol Americano, a nova liga da modalidade. Criada e pensada para unificar e ressaltar o esporte no Brasil, afinal a modalidade que mais cresce em número de fãs merece um campeonato à altura”. Obviamente, nem todos compraram a ideia. Renan Jardim, jornalista que cobre o esporte no Rio Grande do Sul, apurou que o domínio “ligabfl.com” foi registrado em 30 de janeiro deste ano. Já o “brasilfa.com”, apenas ontem, data do anúncio por parte da organização.
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“Tive colegas de imprensa que passaram o dia colhendo informações que foram confirmadas com toda a seriedade para depois “trolarem” dessa forma? Essa é a transparência que foi pregada no vídeo do único canal que teve exclusividade no processo”, diz Renan. “O pior, fomos todos enganados duas vezes. Teria sido bem mais fácil assumir o erro, adiar o lançamento e preparar tudo com a mesma qualidade que vinham fazendo e com uma lição aprendida. Todos lutamos pelo esporte com o tempo além do tempo do labor, e por isso incidimos em erros também e aprendemos com eles e a vida segue. Só não precisamos desprezar a inteligência alheia”, completa. Ademais, o logo da nova liga nada mais era do que uma adaptação de um que se encontra à venda no Stock Logos.
Ante mais problemas organizacionais, a liga veio a público com novo comunicado. “Estamos realizando estudos sobre a marca há alguns meses, e havíamos gostado muito da ideia da BFL. Desenvolvemos uma logomarca com um brasão e suas variações, um nome em inglês etc. Mas a identidade visual ficaria muito parecida com a da NFL, o que já causaria problemas, e o nome Brazilian Football League já era registrado pela Globo”, salienta a organização. “Partindo desse fato, optamos pela BFA, Brasil Futebol Americano. Uma logo original, brasileira, sem possibilidades de problemas com NFL ou outros registros já existentes”, completa.
Resumo de como as coisas estão:
Conforme apresentado pelo Blog Touchdown em sua página do Facebook, a situação agora está assim.
● NOME: Brasil Futebol Americano
● PERÍODO: De julho à dezembro
● Nª DE EQUIPES: 31 times
● FORMATO: três conferências com 8 times e uma com 7. Os campeões de cada região fazem os playoffs nacionais. Acesso e queda para a Liga Nacional permanecem
● TRANSMISSÃO: Em negociação
● INVESTIDORES: Os lucros do campeonato serão divididos em: 50% (times), 10% (CBFA) e 40% (investidores)
● NOVIDADES: Haverá padronização na pintura de campos e logística dos estádios
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