Os 6 prováveis times para Tony Romo na temporada 2017

A ascensão meteórica de Dak Prescott foi uma das histórias mais incríveis e inesperadas dos últimos anos. Selecionado pelos Cowboys na quarta rodada do último Draft, o jovem ex-Mississippi State chegou na NFL sem fazer muito barulho. Contudo, após a lesão de Tony Romo na pré-temporada, Dak foi alçado à condição de titular em Dallas. Desde então, nunca mais perdeu a posição, colecionou ótimas atuações, ajudou a levar seu time aos playoffs com uma das melhores campanhas da temporada regular e recebeu o prêmio de calouro ofensivo do ano.

O efeito disso tudo, fora o fato de Dallas aparentemente ter encontrado um novo quarterback para o futuro, é que Romo tornou-se dispensável. Sim, o jogador que foi um dos rostos da franquia por 10 anos virou coadjuvante da noite para o dia, mostrando outra vez uma das faces mais cruéis do futebol americano. É importante dizer que o veterano de 36 anos tratou a situação com muita classe e dignidade. Isso ficou bastante claro em sua emocionante entrevista coletiva concedida há alguns meses. Ele não criou intrigas, não virou uma distração e nem reclamou para a imprensa. Ele apenas aceitou que havia chegado a hora de Prescott nos Cowboys – tal qual acontecera com ele quando Romo substituiu Drew Bledsoe em 2006.

Romo, entretanto, imagina que ainda tenha gasolina no tanque para jogar mais duas ou três temporadas, então, em 2017, tudo indica que ele buscará uma nova equipe onde possa ser titular nos anos finais da carreira. E Dallas, por sua vez, não deverá criar obstáculos para que isso aconteça. Aliás, o quarterback acredita que será cortado e não trocado pela franquia, o que pode ser uma boa notícia para ele, afinal deste modo Tony terá total poder de decisão na hora de escolher uma nova casa – no caso de uma troca, os Cowboys em última instância é quem tomariam a decisão.

Romo pode ser a cereja que falta no bolo de vários times

Embora tenha sofrido com muitas lesões nas últimas duas temporadas, perdendo inúmeras partidas por conta de problemas físicos, não há dúvidas de que choverão interessados nos serviços de Romo assim que ele estiver disponível. Não é sempre que uma equipe tem a chance de adquirir um quarterback veterano tão talentoso, seja via troca ou pela Free Agency. Tony possivelmente será o melhor signal caller livre para negócio desde 2012, quando Peyton Manning foi dispensado pelos Colts.

O principal mercado de Romo são aquelas franquias bem montadas, com bons elencos e prontas para ganhar agora, as quais precisam apenas de um quarterback mais confiável para quem sabe tornarem-se uma potência na NFL. Deste modo, ele seria uma alternativa em curto prazo para estes times tentarem uma arrancada final rumo ao Super Bowl, mais ou menos – guardadas as proporções – como Manning foi para os Broncos.

Equipes em reconstrução, com dinheiro sobrando e graves carências na posição, como 49ers e Browns, também podem surgir como interessados, mas é difícil imaginar que Tony queira embarcar em uma aventura dessas agora. Aos 36 anos de idade, sua janela como jogador profissional está se fechando e ele certamente deve querer encerrar a carreira lutando por títulos.

Possíveis Destinos

Denver Broncos: Um casamento entre Romo e os Broncos seria interessante? Sim, não vamos negar. Tony, guardadas as devidas proporções, poderia funcionar como um novo Peyton Manning e se estiver em forma transformar o anêmico ataque de Denver. Sua contratação representaria uma tentativa quase desesperada de aproveitar os últimos anos da base que venceu o Super Bowl há duas temporadas, pois talvez quando Trevor Siemian ou Paxton Lynch estiverem prontos, essa janela já tenha fechado.

Em todo o caso, o general manager John Elway parece satisfeito em contar com Siemian e Lynch, não estando disposto a fazer nenhuma loucura para contratar um quarterback de peso. Segundo informações, Denver não tem interesse em realizar uma troca por Romo, então um negócio só sairia mesmo se ele virasse free agent. Ademais, pode ser que o próprio Tony não fique tão empolgado com a ideia. Lembremos que ele tem problemas praticamente crônicos de lesão e que a linha ofensiva de Denver está longe de ser uma beleza.

New York Jets: New York, por sua vez, é uma equipe que poderia muito bem tentar fazer alguma loucura por Romo. A franquia há anos busca sem sucesso uma solução under center – as atuais opções são Bryce Petty e Christian Hackenberg – e Tony daria um alívio imediato, quem sabe até ajudando os Jets a voltarem aos playoffs. Lembrando que em 2008 eles fizeram algo parecido, trazendo Brett Favre em uma troca com os Packers – e não deu muito certo. O problema é que New York é o terceiro time com menos espaço na folha salarial e Romo não sairia barato.

Houston Texans: Houston tem quase tudo o que precisa para ser uma das potências da AFC: uma excelente defesa, um bom técnico e jogadores ofensivos talentosos. Só falta um quarterback. Romo representaria um salto de qualidade gigante em relação a Brock Osweiler e poderia mudar o time de patamar, fazendo com que ele fosse um candidato mais sério ao Super Bowl. Ademais, Houston fica a menos de 400 km de Dallas. Tal proximidade entre as cidades também pode ajudar a seduzir o jogador, afinal a mudança de ambiente não seria tão drástica. A questão é que com Osweiler, caso cortado, ainda importaria em 25 milhões na folha salarial dos Texans – aí fica difícil investir pesado em outro signal caller.

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Buffalo Bills: Buffalo precisa de um quarterback capaz de encerrar a seca de 17 anos da franquia sem ir aos playoffs. Como ninguém vindo do Draft consegue resolver, a solução mais fácil talvez seja buscar um veterano na Free Agency ou via troca. Em 2017, a melhor opção sem dúvida alguma é Tony Romo. Contudo, no caso de um eventual interesse dos Bills, resta saber se ele aceitaria a difícil missão, principalmente com outras equipes mais consistentes também disputando os seus serviços.

Atualização (08/03): O Buffalo Bills reestruturou o contrato de Tyrod Taylor, fazendo com que uma ida de Romo para lá seja mais improvável.

Kansas City Chiefs: Talvez os Chiefs tenham chegado à conclusão de que nunca irão ao Super Bowl com Alex Smith under center. Nesses caso, entrar na briga por Romo faz todo o sentido. Kansas City é outro daqueles times que sempre batem na trave devido à falta de um algo a mais na posição de quarterback. O problema, porém, é que a franquia do Missouri é quem terá menos dinheiro sobrando no salary cap nesta intertemporada.

Washington Redskins: Caso Kirk Cousins realmente vá embora, Washington precisará de uma alternativa na posição de quarterback. Não existe a menor chance de Dallas trocar Romo com um rival de divisão, mas, se ele virar free agent, um acordo com os Redskins não seria algo absurdo de se pensar, a menos que Tony tem algum problema em se transferir para outro time da NFC East.

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