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Adrian Peterson visita New England e sai sem fechar contrato

Não, não era notícia de 1º de abril. Adrian Peterson realmente faria uma visita ao New England Patriots nesta segunda-feira. Visitou, foi embora, nada de contrato. Este é o resumo do que poderia ser uma das histórias mais interessantes neste início de abril.

Antes de mais nada, vamos explicar o que são essas visitas: elas não são obrigatórias e não há certeza de assinar contrato. Neste último mês, por exemplo, Malcolm Butler visitou o New Orleans Saints – mas Sean Payton e companhia resolveram não apertar o gatilho (mandar a 11ª escolha do Draft pelo direito de assinar com o cornerback). Pense nessas visitas como um primeiro encontro. Você pode dar um beijo ao final deste, marcar outro encontro ou ignorar a pessoa no whats (o que é melhor do que demorar a responder, vamos combinar). No caso de Peterson com os Patriots, ao que tudo indica Bill Belichick não terá setinhas azuis na conversa.

No meio de março, Peterson havia visitado o Seattle Seahawks e saiu sem contrato. Na sequência, Seattle contratou os serviços de Eddie Lacy, ex-Packers. O mercado para Adrian parecia cada vez mais sem sal. Isso não impediu que ele declarasse que buscava um salário de 8 milhões de dólares (completamente sem noção às vésperas do Draft e com um mês de Free Agency já passada).

E aí, vieram os Patriots. Fazia sentido. Bill Belichick vem conseguindo “driblar” o salary cap há anos com alguns artifícios que nem de longe são ilegais – mas que praticamente só os Patriots podem fazer. Para começo de conversa, o general do time – Brady – nem de perto é o quarterback mais bem pago da liga. Isso faz com que se opere um efeito dominó: se nem o Brady eles pagam mais do que “deveriam”, vão pagar você? E, em segundo lugar, o “desconto por chance de anel”. Darrelle Revis e Chris Long, dois jogadores que já estiveram entre os melhores de sua posição, “trocaram” Jets/Rams por uma chance de título em Foxboro. Conseguiram, mas recebendo um salário inferior do que ganhariam em outro lugar.

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A esperança é que Adrian Peterson fizesse o mesmo que Revis e Long. Se os Patriots marcaram uma visita, provavelmente esse foi o “plano de jogo”. Não seria nem a primeira vez que Belichick faria isso. Anos atrás ele contratou os serviços de LeGarrette Blount – que, ao que tudo indica, é carta fora do baralho patriota – após o back dar chilique em Pittsburgh. Antes, em 2004, trocou uma escolha de segunda rodada por Corey Dillon. Na época, ele tinha 29 anos. E em sua primeira temporada com os Patriots, correu para 1635 jardas e venceu o Super Bowl XXXIX.

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Peterson tem 32 anos e a janela vai se fechando. Ele sai de Foxboro sem contrato e sem perspectiva de curto prazo. Se algum time com necessidade ou interesse por running back acabar por draftar um ao final deste mês, a janela fecha ainda mais.

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