Tudo já vem apontando nesta direção há alguns anos. Russell Wilson é a cara e “o cara” do Seattle Seahawks. De contrato novo, pagando cerca de 35 milhões de dólares por temporada, a expectativa é cada vez mais de que Wilson consiga carregar os Seahawks. Antes, no início de sua carreira, Russell Wilson era uma ótima peça complementar de um time que contava com a melhor defesa (a famosa Legion of Boom) e um dos o melhores running back (Marshawn Lynch) de toda a NFL.
Pouco a pouco, entretanto, os Seahawks foram perdendo pelas importantes. Lynch, Richard Sherman, Kam Chancellor, Earl Thomas, Bruce Irvin, Frank Clark… a lista de jogadores de alto nível que, por motivos diversos, deixaram a equipe é impressionante. Dentro deste processo, com uma reposição de peças só parcialmente eficaz, a pressão de que Wilson se tornasse a base que manteria a performance em um patamar elevado só vem aumentando.
Como veremos hoje aqui, o quarterback, no geral, tem respondido muito bem a esse aumento da pressão. Ainda assim, em um esporte coletivo, há um limite para o impacto de apenas um indivíduo. E esta solidão é que temos visto de Russell Wilson e do Seattle Seahawks nessas primeiras 7 semanas da temporada 2019.
Performance de MVP
Ainda que a ideia aqui seja ressaltar que Russell Wilson terá dificuldades para levar quase sozinho o ataque dos Seahawks a temporada inteira, não dá para ignorarmos o que ele tem feito até aqui.
Em 2019, Wilson vem tendo uma temporada excelente, possivelmente a melhor de sua carreira. Em 7 partidas, o quarterback dos Seahawks completou 68% de suas tentativas de passe, alcançando 15 touchdowns e apenas 1 interceptação. O QB rating de Wilson é, até aqui, de 114, enquanto o ANY/A (métrica avançada que leva em conta as jardas perdidas por sacks e interceptações, além dos passes para touchdown, com cálculos a partir de médias ponderadas) é de 8,53. Além de se configurarem nas melhores marcas da carreira de Russell Wilson, os dois números o colocam entre os três melhores quarterbacks da NFL em 2019.
