A primeira impressão do Kansas City Chiefs era maravilhosa: o time passou o carro no Arizona Cardinals, Patrick Mahomes distribuiu bolas para 8 alvos diferentes e tudo parecia lindo. Na semana seguinte, uma vitória dura contra o Los Angeles Chargers mascarou uma performance ofensiva mediana: 20 pontos – 7 foram da defesa, numa interceptação retornada para touchdown – contra a boa defesa de Los Angeles não pode ser motivo de alarde.
Entretanto, a semana 3 escancarou alguns problemas que foram fatores na derrota para o Indianapolis Colts: a dificuldade em consolidar um jogo minimamente vertical e uma falta de urgência em finalizar as campanhas mantiveram os Colts na partida até o fim. Outro fator que precisa de ajustes é o time de especialistas: a ausência do kicker Harrison Butker pesou, mas trabalhos pobres nos retornos e coberturas também machucaram a equipe liderada por Andy Reid.
Ineficiência em momentos cruciais
Não é de hoje que Kansas City parece jogar em alguns momentos numa marcha mais lenta que o usual, em especial no ataque. Talvez por conta do talento de Patrick Mahomes, é como se a unidade por vezes jogasse como se fosse matar o jogo quando quisesse. Contudo, em momentos cruciais essas emperradas custam caro e contra Indianapolis – que merece o crédito pelo bom trabalho defensivo – travou Mahomes e seus comandados em descidas chaves.
Apenas 30% de conversões em terceiras descidas é uma marca muito baixa e fez com que as campanhas fossem interrompidas diversas vezes. Além disso, o time teve baixa eficiência nas primeiras e segundas descidas, se colocando numa distância média de 8 jardas na terceira. Dessa forma, o trabalho de Indianapolis ficou facilitado: sem precisar adiantar os defensores para perto da linha de scrimmage, a equipe pode defender o fundo do campo.
O jogo corrido também não encontrou ritmo em momento algum: Mahomes foi a principal arma nas corridas improvisadas: nenhum corredor teve média superior a 3 jardas e a corrida mais longa de um deles foi de 6.
