Uma das grandes polêmicas da última semana passa pela alternância entre os quarterbacks Tua Tagovailoa e Ryan Fitzpatrick no Miami Dolphins. Após ser colocado no banco na semana 11, Fitz já foi chamado duas vezes para suprir performances ruins do novato. Na última rodada, entrou no último período e ajudou a equipe a virar o jogo contra o Las Vegas Raiders, o que manteve o time vivo na briga pelos playoffs desse ano. Uma derrota teria sido catastrófica para as pretensões da franquia.
O fato que mais chamou a atenção foi a falta de efetividade de Tagovailoa em profundidade em detrimento aos bons números de Fitzpatrick. Enquanto Tua fez a bola viajar por apenas 4 jardas no ar em média, o substituto teve 11, uma diferença muito grande. Muito se justificou com problemas esquemáticos, como se o coordenador Chan Gailey fosse conservador quando tem o calouro em campo e soltasse as feras quando o experiente Fitz está em campo. Para isso, analisei o jogo pela câmera All-22, que permite entender melhor se isso é verdade ou uma falácia.
O sistema não é tão diferente
É muito simples dizer que com Tua o sistema envolve mais passes curtos que com Fitzpatrick, desconsiderando os fatores que envolvem as chamadas. O primeiro deles é o tempo em campo: enquanto o jovem vindo de Alabama esteve presente em 46 snaps, Fitz jogou por apenas 17. Outro ponto são as condições em que ambos estiveram em campo: o primeiro esteve em um período de equilíbrio, mas não urgência, afinal o placar seguia equilibrado e um turnover colocaria o jogo em risco; o segundo jogou dois de seus três drives dentro dos 4 minutos e estando atrás do placar, o que força o jogo a ser mais vertical.
