All-in dos Rams foi bem estruturado e deixa margem para ótimo 2022

Ter conquistado o título após um all-in não implica que a franquia iniciará um processo de desmanche. Há possibilidade de trazer as estrelas de volta e lidar com a folha salarial para buscar o bicampeonato no ano que vem.

Conquistar o Vince Lombardi é o cume do processo de uma franquia. Todo o investimento, suor e noites sem dormir valeram a pena e resultaram no tão sonhado título. Contudo, depois do topo, a montanha só tem um rumo: sua base. A NFL gosta dessa ciclicidade, pois ela permite o equilíbrio e a melhora da dinâmica da liga – quem imaginaria uma final entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams no início da temporada?

Alguns comentários nos últimos dias, inclusive, são feitos nesse sentido: o all-in dos Rams se pagou e agora é a hora de recomeçar do zero. São muitas estrelas, salários altos e não será possível acomodar todo mundo. 2022 seria um ano de recomeço, com a equipe tendo que fazer muitas movimentações para não deixar o nível despencar.

Na teoria, até que faz sentido. A estratégia de Les Snead incorre, realmente, em um maior peso no presente que pode complicar o futuro. Trocar as escolhas de primeira rodada no Draft por nomes consolidados acarreta aumento na folha salarial e o teto de pagamentos imposto pela liga serve, justamente, para evitar esses abusos.

Mas e se houver um meio? E se for possível fazer modificações que mantenham o super time unido? E se, como Aaron Donald disse na parada de comemoração, for possível, por que não ir atrás da dobradinha? “Nós poderíamos ser campeões mais uma vez.”

Não seria a primeira vez 

Início de 2021, Super Bowl LV. O Tampa Bay Buccaneers decide a grande final em sua própria casa, vence e retorna com o elenco titular inteiro da final para o ano seguinte, na tentativa de repetir o feito. Início de 2022, Super Bowl LVI. Os Rams decidem a grande final em sua própria casa, vencem e começam a cogitar um retorno de boa parte do time titular para buscar outro título, como vimos acima.

Parece até só coincidência, mas são dois processos exemplares acontecendo. O final de Tampa Bay não foi como o esperado – morrendo na mão dos próprios Rams -,não se pode dizer, todavia, que foi um fracasso. A franquia chegou forte para tentar o bicampeonato e parte crucial do processo foi manter o elenco campeão; não fossem tantas lesões, o resultado poderia ser diferente.

Apesar de ter um espaço negativo na folha para 2022 ($13 milhões de dólares acima do limite, atualmente) e possuindo nomes importantes que atingirão a free agency (Von Miller, Odell Beckham Jr.), não há uma missão impossível para Snead resolver. Pelo contrário, como vimos nos últimos anos, há artimanhas financeiras – como a conversão de salários anuais em bônus de assinatura – que podem ser feitas para reduzir o impacto no teto salarial. Como coração de mãe, cabe todo mundo.

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