A palavra chave da NFL moderna é ‘adaptação’. Os sistemas estão sempre mudando e, quando vemos algo tendo resultado positivo, é certo que seus antagonistas estão procurando respostas para tal. As RPOs, base do sistema ofensivo do Philadelphia Eagles em 2017 que conquistou o Super Bowl, caíram em desuso com as defesas forçando os times de ataques espaçados a atuarem mais pelo meio do campo. Nesse ano, o ataque que despencou de produção por conta dos ajustes defensivos é aquele que mais foi atração midiática nos últimos dois anos: o sistema ofensivo de Sean McVay.
Existem duas razões majoritárias para tal que serão abordadas ao longo desse artigo, porém, vamos começá-lo com uma afirmação: Sean McVay ainda é um gênio ofensivo. É evidente que os Rams não são mais a força (6º em DVOA ofensivo em 2017, 2º em 2018, 21º em 2019) das últimas temporadas no ataque, mas é precipitado agir como se McVay tivesse sido descoberto e que, a partir de agora, sua carreira entrará num limbo à la Chip Kelly. São claras as razões para o sistema do jovem treinador não estar funcionando da forma esperada, e se ele não puder solucioná-las por completo, acredito que ele conseguirá ao menos ajustar seu ataque à situação.
Agora, para darmos sequência a este artigo, precisamos voltar um pouco no tempo, mais especificamente na semana 14 da última temporada. Com uma média de 34,9 pontos anotados por jogo, os Rams viajaram até Chicago para enfrentar os Bears e saíram de Illinois com somente 6 pontos. Foi uma atuação na qual nenhum dos ataques conseguiu jogar bem (Goff terminou a partida completando 20 passes em 44 tentativas, sofrendo 3 sacks e sendo interceptado 4 vezes), mas que os danos seriam muito maiores para os visitantes – especialmente no longo prazo.
