Conforme disse no dia de ontem, a Semana 1 da NFL é o local perfeito para exageros – tanto para o bem quanto para o mal. Há situações que se confirmam ao longo do ano, como os Jaguars decepcionando em 2016, há situações que são apenas fogo de palha – tal como as várias vitórias do San Francisco 49ers em Semana 1 nos últimos anos.
De toda forma, Houston Texans e Cincinnati Bengals têm motivos para se preocupar. Ambos perderam para times que não são favoritos em suas divisões e foi de forma bem feia. Ambas as linhas ofensivas tiveram atuações para esquecer. Quarterback? Um time teve o pior da semana e o outro teve dois em campo.
Paciência é um fruto doce de uma árvore amarga – mas Bill O’Brien está de dieta
O técnico do Houston Texans, Bill O’Brien, deve ter sido uma criança bem chiliquenta em impaciente. Bom, pelo menos é isso que pensamos quando testemunhamos a forma bizarra que ele lida com a posição de quarterback em Houston.
Ex-coordenador ofensivo do New England Patriots, O’Brien esteve longe de ter a estabilidade que outrora teve com Tom Brady. Brock Osweiler, Brian Hoyer, Ryan Mallett, Tom Savage, são inúmeros os nomes que passaram pelas mãos de Bill. Neste ano, a falta de paciência durou literalmente dois quartos.
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Depois de desempenho bizarro de Savage, O’Brien apertou o botão de ejetar e Deshaun Watson, calouro, entrou em campo. Watson não foi tão bem na pré-temporada, mas isso nem de longe foi impedimento para que o técnico mais uma vez jogasse a estabilidade pra casa do cacete.
O calouro oriundo da campeã nacional do college, Clemson, entrou em campo e marcou um touchdown – e foi só. Watson foi sackado quatro vezes na partida (o suficiente para que o twitter do Jacksonville Jaguars desse um EMPOLGOU e mudasse seu nome para Sacksonville). Não que tenha sido só culpa dele por segurar a bola: os Texans não contavam com seus dois tackles titulares. Derek Newton se recupera de cirurgia nos dois joelhos e Duane Brown, um dos mais consistentes left tackles da liga, segue com sua greve por novo contrato.
O’Brien já anunciou que Watson será o titular nesta quinta – é o nono titular na posição desde 2014, marca superior aos Browns no período. Resta saber: por quanto tempo?
Em Cincinnati, linha ofensiva também é problema
Andy Dalton já começa a sentir os efeitos das saídas de alguns dos mais importantes nomes de sua linha ofensiva da temporada passada. Para completar, o único wide receiver realmente consistente do elenco é A.J. Green – que saudades o torcedor deve ter de Sanu e cia.
Na partida de domingo, Dalton teve 16 passes completos de 31 tentados para apenas 170 jardas e quatro interceptações. A ótima defesa do Baltimore Ravens segurou o ataque dos Bengals num jogo… Bom, num jogo feio. Não é como se o ataque de Baltimore tivesse feito muita coisa também.
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Depois de uma temporada abaixo de 50% de aproveitamento e uma derrota pavorosa, Dalton sabe que a pressão começa a subir. “Não é o início de temporada que queríamos, mas nosso mindset é de que ainda temos mais 15 jogos pela frente”, disse o quarterback. O trio de running backs de Cincinnati, a propósito, também não fez muita coisa para ajudar. Joe Mixon teve apenas nove jardas em oito carregadas. Gio Bernard e Jeremy Hill, juntos, somaram apenas 76 jardas (3,6 por carregada). Mesmo ante esse cenário caótico, o técnico dos Bengals não jogou a toalha sobre seu ataque. “Estou confiante que Andy irá voltar à forma. Não foi normal de acordo com seu nível de jogo. Precisamos que ele jogue melhor e eu espero isso”, disse Marvin Lewis.
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