Após Mahomes: 4 quarterbacks na fila para renovar

Próximos quarterbacks da fila certamente não ganharão um contrato como o de Mahomes

Na última semana, Patrick Mahomes tornou-se o dono do contrato mais valioso da história do esporte ao assinar com o Kansas City Chiefs por 10 anos e um total que pode passar dos 500 milhões de dólares. Não precisamos nem dizer que é um marco para a posição e para toda a NFL.

O que vai acontecer agora, à luz do novo acordo de Mahomes, é uma reorganização na fila dos signal callers prestes a terem seus contratos renovados. Assim, separamos os quatro próximos dessa lista, considerando apenas jovens quarterbacks saindo de seus contratos de calouro.

Dak Prescott, Dallas Cowboys

Muita gente imaginou que o novo contrato de Mahomes foi terrível para o Dallas Cowboys em relação à renovação com Prescott, mas será que realmente muda muita coisa? Por exemplo, Dak provavelmente não vai pedir um vínculo de 500 milhões de dólares ou 45 de média anual porque ele sabe que não vale tanto quanto o quarterback do Kansas City Chiefs. Nesse sentido, sua demanda salarial não deve crescer por causa de Mahomes.

O que pode mudar – e aí está o grande precedente aberto – é a estrutura do contrato. Mahomes possui cláusulas em seu acordo que tornam grandes porções do salário totalmente garantidos em datas específicas. Por exemplo, seus salários de 2020 a 2022 são garantidos no momento da assinatura, o salário de 2023 será garantido em março de 2021, o de 2024 em março de 2022 e assim por diante – caso ele esteja no elenco, em estrutura semelhante ao último contrato de Peyton Manning com os Colts. É isso que faz o seu contrato especial. Mahomes não receberá cheques semanais como a maioria dos jogadores, ele já terá o seu salário anual assegurado se estiver no elenco de Kansas City no início do ano novo da liga.

Dak pode querer um vínculo estruturado dessa maneira, pois isso traz uma segurança financeira maior. Em todo o caso, teremos de esperar até o ano que vem para saber porque, sem fechar um acordo de longa duração até o dia 15 de julho, ele está obrigado a jogar sob os termos da franchise tag em 2020.

Deshaun Watson, Houston Texans

Watson é outro que em teoria não deve buscar um contrato como o de Mahomes tão cedo, a menos que ele seja MVP da NFL em 2020 ou ganhe o próximo Super Bowl. Seu parâmetro direto de comparação é Dak Prescott, por isso quem assinar primeiro pautará o acordo do outro. A principal diferença é que Deshaun tem mais duas temporadas de vínculo com Houston (4º e 5º ano de calouro), enquanto Dak já recebeu a franchise tag, o que torna sua situação muito mais urgente em Dallas.

Lamar Jackson, Baltimore Ravens

Existem bons precedentes para contratos de longa duração oferecidos a dual-threat quarterbacks parecidos com Lamar: Michael Vick (10 anos, 130 milhões oferecidos pelo Atlanta Falcons em 2004) e Colin Kaepernick (seis anos, 126 milhões com o San Francisco 49ers em 2014). A carreira de ambos, porém, infelizmente foi atrapalhada por fatores extracampo.

Em todo o caso, é importante salientar que as franquias não têm medo de pagar por signal callers corredores – outro exemplo é Cam Newton no Carolina Panthers. Essa história de que dual-threat quarterbacks são mais propensos a lesões e por isso não merecem confiança em longo prazo é um grande mito. Lamar vai ganhar uma baita extensão quando chegar a sua vez, até por já ser um quarterback melhor do que Vick ou Kaepernick, além de já ter sido eleito MVP da liga. Só vai demorar um pouco porque ele tem mais três anos do seu contrato de calouro pela frente, considerando que Baltimore exerça a opção de 5º ano.

Josh Allen, Buffalo Bills

Allen é um caso complicado porque ao mesmo tempo que ele não é tão bom quanto os três quarterback citados acima, não dá para simplesmente deixá-lo ir embora se você não tiver um sólido plano B. Bem ou mal, o jovem estabilizou a posição em Buffalo e ajudou a franquia a vencer jogos e chegar aos playoffs.

Ainda assim, devido à sua inconsistência, hoje em dia seria uma clara supervalorização oferecer-lhe um contrato no mesmo patamar de Prescott e Watson – algo na casa dos 35 milhões anuais. Pode ser que Allen continue evoluindo e seja um quarterback melhor daqui a dois anos, quando chegar o momento de sentar para discutir um novo vínculo, mas por ora sua eventual renovação deveria ficar em um patamar mais baixo do que o dos principais signal callers da liga.

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