Aposta duvidosa em Pickett ofusca um bom Draft dos Steelers

Equipe comandada por Mike Tomlin conseguiu bons valores após o primeiro dia de recrutamento, mas escolha de Kenny Pickett na primeira rodada é controversa e derruba o valor da classe.

O fim de uma era com um quarterback bem-sucedido é sempre estressante para qualquer franquia: preparar a transição e ter paciência para entender que os resultados não aparecerão do dia para noite não são coisas das mais simples. Se por um lado da para dizer que o Pittsburgh Steelers tem solidez suficiente para o segundo ponto, podendo lidar com uma ou duas temporadas abaixo da curva, o mesmo não pode ser dito da transição da posição.

Ben Roethlisberger vinha capengando nos últimos anos e apesar do time conseguir algumas idas aos playoffs, elas foram mais “apesar dele” do que “por ele”: diversas vezes o quarterback foi o entrave. As alternativas foram paliativas e com pouca margem para sucesso, como Mason Rudolph, que se provou um bom reserva e nada mais. Quando Ben finalmente decidiu deixar o campo – após ter deixado a hipótese no ar em outros anos – a franquia saiu em desespero caçando um substituto na pior classe dos últimos tempos.

A aposta é arriscada

Desde o começo do processo de Draft, sabia-se do interesse de Pittsburgh em selecionar um quarterback na primeira rodada. Durante bastante tempo, se falou da paixão do treinador Mike Tomlin por Malik Willis, mas ela não se concretizou – ele acabou escolhido pelo Tennessee Titans na terceira rodada -. Outros nomes como Matt Corral e Desmond Ridder foram colocados na conversa, mas a verdade é quem sempre esteve na mira do time era Kenny Pickett, da universidade local.

Jogando pela universidade de Pittsburgh, Pickett é um ídolo na cidade: lançou 42 touchdowns em 2021 (mais que nos seus 3 anos anteriores somados) e ajudou os Panthers na conquista do título da ACC, algo que não acontecia desde 2010. Tecnicamente, o quarterback de um grande salto de maturidade no último ano, melhorando sua mecânica e tomando boas decisões, fatores que agradam muito os treinadores. Todavia, o que incomoda nessa escolha é outro ponto: o teto dele parece ser esse.

Não é como se Kenny tivesse um braço forte ou mesmo uma habilidade atlética fora da curva: ele é isso que vimos nos 4 anos de college football e dificilmente dará um salto de qualidade. A antecipação fica abaixo do esperado e sob pressão ele perde oportunidades, além da precisão não ser das maiores. Ainda existe o fator mãos: a medida de 24,5 cm é menor que de qualquer titular da NFL e a terceira menor registrada nos últimos 12 anos. Some-se isso ao alto número de 38 fumbles sofridos na carreira e as coisas pioram.

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