Curti: A Aposta do Madden NFL 22

Usar o Next Gen Stats para replicar o comportamento dos jogadores e times é a grande aposta da EA para o novo Madden. Enquanto isso, gráficos e Franchise Mode parecem mais do mesmo em relação a 2021

“Além disso, o Franchise Mode verá melhoras ao longo do ano”. A frase começou a ficar batida por parte da EA Sports, produtora com exclusividade do jogo de simulação da NFL. Ao longo dos anos, cerca de 90 recursos que já estiveram presentes em alguma versão do jogo e foram retirados – algumas vezes colocados de volta como se fossem uma grande novidade, como a presença do Pro Bowl no Madden 20.

Senior Bowl, capas de jornais para maior imersão, um sistema de scout melhor antes do Draft – podendo sentir os jogadores por meio de drills, por exemplo – e outras tantas coisas estão ausentes do Madden NFL em seu modo carreira, o Franchise Mode. Há um abismo de diferença entre esse modo no Madden e em seus colegas esportivos. O NBA 2k e o MLB The Show, por exemplo, contam com uma estrutura de free agents restritos e irrestritos. O Madden não tem isso há anos.

Na prática, o Franchise nada mais é do que um modo “temporada” com algumas perfumarias aqui e ali. Mas ainda há um caminho bem longo pela frente. Há promessa? Até temos, sim, para sermos justos. “Haverá melhor gerência da comissão técnica e sistema de árvore de progressão dos jogadores, com uma estratégia semanal que se integra ao plano de jogo”, disse a produtora via release. “Ao longo da temporada regular e da intertemporada, novos cenários vão manter as coisas novas ao passo que o jogador pondera vários riscos e recompensas para seu time”, completa o release. Ainda falta muito e nessa altura do campeonato, um “a série está no caminho certo” como um festival de reviews vai trazer em agosto na IGN não é o suficiente.

Em gráficos, mais do mesmo

Aqui é cedo para falar, mas honestamente não vimos tanta mudança em termos gráficos do Madden 21 para o 22 – considerando a nova geração. A série FIFA deu um salto significativo nesse aspecto, com os gráficos do jogo se confundindo com a realidade para quem tem alguns graus de miopia e está vendo de longe. Ok, pareceu uma crítica, mas foi um elogio, de verdade.

Nesse sentido, o FIFA está vários passos à frente, até em imersão. Há reuniões de renovação de contratos de jogadores num restaurante ou num escritório, temos os gráficos da TV integrados ao jogo – como melhor exemplo, os da Premier League – e a EA chegou até a comprar espaço publicitário na camisa dos árbitros da vida real para que haja ainda mais integração e imersão. Madden está passos atrás nisso.

A aposta da EA

O que a EA, que produz os dois jogos aliás, está se empenhando é no “Next Gen Stats” como motor de jogabilidade para trazer mais imersão. O recurso já foi apresentado no Madden 21 em suas edições de nova geração e agora está sendo ampliado como recurso. “Todos os times e todos os jogadores que você ama e conhece terão mais Next Gen Stats realistas. Isso vai mudar como a inteligência artificial do jogo se comporta em função de dados da vida real ao longo da temporada da NFL”, fala o release. “Com a movimentação redesenhada dos jogadores, eles irão ir para a blitz, fazer o scramble e quebrar tackles durante o jogo com base em suas estatísticas do Next Gen Stats”.

É algo ousado mas ao mesmo tempo, simples. A EA aproveita-se da ampla base de dados do Next Gen Stats da própria NFL para replicar o que o jogador faz no jogo. Ainda, tendências como porcentagem de play-action e blitz que os times executam podem ser facilmente replicadas com a mesma ferramenta. Mais play-action para os Titans e Patriots, por exemplo, seria esperado. Mais blitz de Ravens e Steelers, idem. Esse é um recurso que só poderemos sentir ao jogar. Esperemos agosto.

Com Tom Brady e Patrick Mahomes na capa, o Madden 22 já está disponível para a pré-venda nas variadas plataformas e será lançado oficialmente no dia 20 de agosto.

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