Quando a temporada de 2019 corria, as coisas eram muito diferentes no Pro Football e no mundo. Pode não parecer tanto tempo assim, mas já são seis anos desde aquele ano. Na época, não tínhamos confirmação oficial, mas suspeitávamos ser os últimos passos da tríade Brady-Belichick-Kraft junta no New England Patriots. E realmente foi.
Tudo mudou muito desde aquele período. Brady não apenas continuou jogando como foi campeão logo após sair do New England Patriots. Belichick foi lentamente perdendo seus poderes em New England enquanto a posição de quarterback não encontrava seu grande nome. E Kraft, agora sem uma dinastia, viu sua relação com o histórico treinador ruir com o tempo.
Como em qualquer situação de muito poder e sucesso, a separação deixou um gosto amargo. Mas a notícia desta quarta-feira gera um pouco de nostalgia: a NFL definiu seus cinco finalistas em diferentes funções para a classe de 2026 do Hall da Fama, dentre os quais apenas três podem ser selecionados:
- Bill Belichick (treinador)
- Robert Kraft (contribuidor)
- Ken Anderson (sênior)
- Roger Craig (sênior)
- L.C. Greenwood (sênior)
Não vou falar sobre Ken Anderson, Roger Craig ou L.C. Greenwood, mesmo conhecendo suas histórias, por não ter opinião formada ou capacidade para isso. Mas no caso de Belichick e Kraft, não deveriam existir dúvidas: os dois merecem ser parte do Hall da Fama da NFL.
Não tem como argumentar com os números
A coisa mais importante do esporte é competir e vencer jogos, e durante duas décadas e meia, Belichick e Kraft fizeram isso como absolutamente ninguém. Por mais que o final não tenha sido bonito, o sucesso dentro de campo é inegável. São 6 títulos, 9 aparições totais no Super Bowl e 17 títulos de AFC East durante o período em que a dinastia esteve em voga.
Durante todo o período, o método de comando de Belichick chamou a atenção. O “Do Your Job” virou mantra e característica. Todo mundo sabia que Belichick era o arquiteto de tudo e de como seu papel foi importante, assim como Kraft era o grande líder de tudo que acontecia—Kraft, inclusive nunca fez questão de esconder sua obsessão por ser eleito ao Hall da Fama da NFL.
É bem verdade que a relação entre os dois se deteriorou com o tempo. Assim como a dupla Brady/Belichick viu incontáveis discussões sobre quem era o responsável por tamanho sucesso, o mesmo acontece em discussões envolvendo o dono (e que, sejamos francos, abraçou a briga com o tal documentário). No fim das contas, as estatísticas não mentem em nada:
266 vitórias e 121 derrotas e 68.7% de vitórias na temporada regular; 30 vitórias, 12 derrotas e 71,4% de sucesso nos playoffs. Incontestável, mesmo.
O torcedor dos Patriots não está nem aí. Belichick e Kraft merecem estar no Hall da Fama da liga e seria poético se o fizessem na mesma classe. A história da liga não pode ser contada sem eles.
Para saber mais:
5 lições, semana 13: Ben Johnson é realmente tudo aquilo que falavam
É só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte…
O inevitável New England Patriots: é tempo de pensar em playoffs
Quer ter todo conteúdo do ProFootball rapidinho em seu celular ou computador sem perder tempo?
Acesse nossos grupos no WhatsApp ou no Telegram e receba tudo assim que for para o ar.







