Apesar da vitória contra o Green Bay Packers, o torcedor do Buffalo Bills foi dormir com uma pulga atrás da orelha: as 143 jardas terrestres de Aaron Jones – uma média superior a 7 por tentativa – mostraram uma fragilidade desconhecida dessa defesa? Vale lembrar que no jogo contra o Baltimore Ravens na semana 4, a equipe comandada por Sean McDermott também tinha sofrido pelo chão, com 162 jardas terrestres, numa média de quase 5 jardas por corrida.
Contudo, é preciso separar as laranjas das maças e dar contexto aos fatos. No jogo diante de Baltimore, o principal obstáculo foi parar Lamar Jackson: ele produziu 73 jardas em 11 tentativas. Todavia, grande parte dessas jardas foram em scrambles – jogadas desenhadas para ser um passe e que o quarterback improvisa com as pernas. Claro que é preciso evoluir defendendo isto também, mas é uma ameaça extra. Já contra os Packers, a situação foi outra: contenção de riscos.
Estratégia, que vem do grego…
Imagine o seguinte: seu ataque é um dos mais potentes da liga, capaz de fazer jogadas explosivas rapidamente. Para melhorar, sua defesa é a que menos cede pontos na liga – média inferior a 14 -, terceira em turnovers conseguidos e top-10 na red zone. Você vai enfrentar um time que tem o quarterback que – apesar de a fase não ser boa – venceu o prêmio de MVP nos últimos dois anos e se faz a seguinte a pergunta: arrisco deixar esse cara se recuperar justo contra a gente ou foco nele e deixo o jogo corrido mais solto?
O coordenador defensivo Leslie Frazier não pensou duas vezes: resolveu parar Aaron Rodgers. Após treinar o Minnesota Vikings, ele sabe o tamanho do estrago que o camisa 12 dos Packers pode fazer numa boa noite. Frazier colocou sua defesa em em cobertura individual, desafiando o raso grupo de recebedores de Green Bay. Com isso, o jogo terrestre ganhou espaço e foi bastante usado.





