Bons primeiros passos: a importância das renovações de Sauce Gardner e Garrett Wilson para os Jets

Nos últimos dois dias, a franquia de New York garantiu duas de suas principais jovens estrelas para o longo prazo, assinando duas renovações de contrato por mais quatro anos

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Na semana passada, você viu no Pro Football um vídeo sobre o fracasso do New York Jets ao longo da última década e meia, listando vários dos horríveis movimentos feitos pela franquia que lhes colocaram na situação de franquia a mais tempo sem ir pra pós-temporada. O novo regime capitaneado por Aaron Glenn e Darren Mougey não colocou ainda um time em campo, mas ao menos fora dele os primeiros movimentos seguem uma direção clara.

Por mais óbvios que esses movimentos pareçam na primeira vista, nem tudo eram flores. Garrett Wilson é o principal pilar ofensivo da franquia, porém os boatos de troca do wide receiver estiveram presentes em alguns momentos e os Jets não os entreteram. No caso de Sauce Gardner, que agora é o cornerback mais bem pago da liga, New York não teve problema em lhe pagar um alto salário mesmo vindo de um ano abaixo de seu potencial.

Calmaria faz bem para os Jets

Os últimos dois anos trouxeram expectativa com Aaron Rodgers e muita distração no mesmo pacote. Tá certo que existe menos expectativa esse ano porque a confiança em Justin Fields é certamente menor, porém não tem outra fórmula de sucesso que funcione na NFL que não inclua bases sólidas para a formação de um elenco com adições pontuais—claro, é justamente nisso que os Jets estão falhando há tanto tempo.

Renovar com Wilson e Sauce garante ao time um pilar importantíssimo de cada lado da bola. Claro, os contratos não foram baratos, mas isso é o de menos. Ninguém no pleno exercício de suas faculdades mentais vai argumentar contra a presença desses dois jogadores no elenco, especialmente sabendo que ambos iam renovar por um preço alto de toda forma.

O caso de Garrett Wilson é interessante. Em seus três anos na liga, ele não perdeu nenhum jogo por lesão e em todas as temporadas ultrapassou ao menos as 1,000 jardas. Por mais que lhe falte um pouco de molho sauce para que ele adentre a elite da posição, Wilson tem produção e qualidade comprovadas em um ataque que sofreu bastante com a instabilidade na posição de quarterback. Mesmo no ano passado, quando Rodgers mostrava um claro favorecimento a Davante Adams, ele acabou por ter os melhores números da carreira em jardas recebidas (1,104) e touchdowns (7).

A média de alvos/jogo de Garrret Wilson antes da chegada de Davante Adams era de 11,1 e caiu para 7,9 quando Adams foi trocado para os Jets

Só que o de Sauce Gardner também não fica atrás. Antes da temporada de 2024, aqui no Pro Football, listamos ele como o melhor cornerback da liga. Está claro que nesse momento a distinção pertence a Patrick Surtain, que inclusive foi o melhor jogador defensivo da temporada passada. Mesmo assim, é de novo um pagamento pela consistência: Gardner tem duas temporadas como First-Team All-Pro e sua qualidade é indiscutível, mesmo que não venha de seu melhor ano. Os dois jogadores são jovens e ainda podem evoluir ainda mais.

Timing importantíssimo também é acerto

Um ponto muito importante em ambas as extensões é que as duas acontecem após o terceiro ano de ambos na liga. Todo time que assina uma extensão contratual com seus jogadores no mais cedo possível está acertando bastante, já que o aumento do cap a cada temporada tem sido considerável. Exemplos positivos e negativos podem ser citados aqui.

Patrick Surtain não teve lá a melhor temporada de sua carreira (ah vá) em 2023, e ainda assim o Denver Broncos não titubeou em assinar uma extensão com ele antes de 2024, que acabou por ser de 4 anos e 96 milhões de dólares. Surtain agradeceu o time com uma temporada brilhante, e não só isso: a média de 24 milhões de dólares por ano em seu contrato é hoje a quinta maior da liga, seis milhões abaixo do que Gardner agora recebe.

Quando você demora… bem, você cai na situação Micah Parsons/CeeDee Lamb/Dak Prescott. O Dallas Cowboys é o rei das enrolações em suas negociações contratuais e vai acabar pagando caro mais uma vez no caso de Parsons, com quem poderiam ter renovado ainda em 2024. Sendo assim, são milhões de média que vão ser mais caros do que precisavam.

Outro acerto dos Jets com acordos que trazem calmaria e confiança ao time. Quando o assunto é New York Jets, nem sempre isso é a tônica.

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