Sem drama, sem alardes: tudo o que Brady precisa é de descanso

Nota: O texto abaixo é parte da coluna “4 Descidas”, por Antony Curti. Como o assunto é mega importante, estamos postando separado aqui para divulgações no Twitter e no Facebook. Leia a coluna completa clicando aqui.

Lá vamos nós para o Não Acabou a Dinastia semanal deste site. Já repararam que muitos times têm panes durante dadas temporadas mas apenas o New England Patriots vê isso potencializado por todo mundo?

Rapidamente, algumas panes de candidatos aos playoffs 2018:

  • Carolina apanhou (muito feio) de Pittsburgh na semana passada
  • Chicago apanhou de Miami com Brock Osweiler de quarterback titular
  • Minnesota apanhou de Buffalo com Josh Allen não passando para mais de 10 yds
  • New Orleans perdeu de Ryan Fitzpatrick/Buccaneers na Semana 1

Em quantas dessas ocasiões o mundo caiu? Em quantas dessas ocasiões você viu “Brees está acabado”, “a defesa de Chicago é fogo de palha” ou “essa era a defesa top de Minnesota?”. Nenhuma. Em todos os casos, tivemos paciência. Por que com New England é diferente?

Bom, porque a barra é muito alta. A verdade é que, sim, o New England Patriots não tem um elenco de elite como em outros anos. E não, o New England Patriots não é a melhor equipe da NFL nesta temporada.

É sim, verdade que Tom Brady não está jogando tão bem como em outras temporadas. O problema é que o resto do elenco não ajudou em algumas partidas e, principalmente, porque a barra é alta demais. Qualquer coisa abaixo de elite assusta as pessoas. Vou recorrer novamente ao Football Outsiders e a outras estatísticas avançadas para determinar isso. Talvez, para mostrar que o declínio veio.

Não é um gigante Acabou a Dinastia, veja bem. Primeiro porque, como já falarei, há margem para recuperação. Segundo porque não é uma queda de penhasco como aconteceu com Peyton Manning e Brett Favre depois dos 40.

O FO tem uma estatística que chamam de ALEX (em homenagem a Alex Smith). Representa “quantas jardas faltaram para a primeira descida, em média, num passe lançado em 3rd down”. O famoso braço de dinossauro de Alex Smith que estávamos acostumados de 2005 a 2016. Neste ano, Tom Brady é o pior na estatística (4.3). Contra a blitz, tem 59.6 de rating. O pior da NFL.

É de se assustar. Embora tenha havido jogos nos quais Brady jogou bem – Packers/Chiefs – houve partidas fora de casa que tiveram números bizarros. Lions/Titans, notoriamente.

Ainda há estatísticas boas. Ainda há campanhas boas. Não é sinal vermelho. Não é Acabou a Dinastia. É apenas um sinal de que há um declínio, sim. Por mais que doa dizer isso, há. Por mais que acreditemos nas palavras dele, de que jogará até os 45, não há como lutar contra a biologia. Não é definitivo, porque há um remédio que foi usado em anos anteriores.

Há explicação? Sim, várias. A idade, como disse, uma hora pesa. Quantas e quantas vezes disse que deveríamos  “ajustar” a idade dele? Tal como pessoas que têm 54 anos e parece que têm 45, ele é um quarterback de 41 que parece que tem 38. O problema é que os normais, quando batem 38, entram em declínio.

Sejamos realistas: uma hora isso iria acontecer. Mas não quer dizer que o apocalipse de fato acontecerá. Até porque os deuses sorriram para Brady. Justamente depois desse péssimo jogo contra Tennessee, uma semana de folga para se recuperar, arrumar a linha ofensiva e, então, um jogo contra o New York Jets – equipe que acabou de perder para um Buffalo Bills sem recebedores e com Matt Barkley de quarterback. É meio o que o médico receitou.

A semana de folga tardia para os Patriots é ótima. É a melhor coisa que poderia acontecer. Nas últimas temporadas, percebi que de fato as estatísticas de Tom Brady dão uma caída no final do ano. Em 2016, a suspensão de 4 jogos para começar o ano mitigou isso. Não foi o caso em 2015 e nem em 2017, quando ele jogou o calendário todo.

Olha que interessante o que eu descobri: o braço ficou cansado mesmo. Isso ficou menos aparente porque:

a) Os Patriots já estão classificados em dezembro, normalmente. Ninguém presta atenção.
b) Nos playoffs, os Patriots têm semana de folga e Brady acaba tendo duas semanas de descanso para se recuperar. Então ninguém presta atenção.

Em setembro de 2015 e 2017, Tom Brady teve 9,93 jardas por passe, 8 touchdowns e 0 interceptações. Em dezembro de 2015 e 2017, 7,22 jardas por passe, 13 touchdowns e 6 interceptações.

A teoria está mais do que provada. O braço cansa e cansa mais se você passou dos 40 anos. Daí a importância da semana de folga tardia em 2018, a importância de enfrentar os Jets e o porquê dos Patriots PRECISAREM vencer os Steelers para não correrem o risco de enfrentar um Wild Card Round. Porque sem a folga na primeira rodada dos playoffs, não tem como Brady descansar e “voltar” ao ritmo de setembro de cada ano.


“prmo"

Como disse, o apocalipse não é definitivo e há remédio. Tal como o único remédio para gripe é o descanso, Tom Brady precisa descansar para recuperar-se. Ele parece um robô, mas não é. Caso haja esse descanso – agora e antes do Divisional Round – vai ficar tudo bem e não, ainda não acabou a dinastia.

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