3 TIMES PRONTOS PARA SUBIR DE PATAMAR EM 2020

Quais franquias estão perto de dar o próximo passo na próxima temporada?

Ano após ano, vemos equipes alternarem entre altos e baixos na NFL, mantendo o equilíbrio da liga e tornado-a mais divertida ao evitar a repetição de cenários e de campeões todos os anos. O Los Angeles Rams, por exemplo, saiu de vice-campeão do Super Bowl LIII para terceiro colocado da NFC West, não se classificando para os playoffs de 2019. Já o San Francisco 49ers que, por tanto tempo, manteve-se na parte de baixo da mesma divisão, chegou à grande final na última temporada após realizar a melhor campanha da NFC.

Essa rotação privilegia equipes de baixo da tabela que, assim, podem alimentar as esperanças após um ano negativo, reformulando-se via Draft e free agency, incrementando seus elencos e comissões técnicas. Da mesma forma que ocorreu com San Francisco, estando a um Jimmy Garoppolo saudável de subir de patamar, há três franquias que se projetam para dar o próximo passo em 2020, mostrando-se capazes de chegar à pós-temporada e com potencial para fazer barulho em suas conferências.

Buffalo Bills 

Após anos na parte de baixo da AFC, sem representar ameaça alguma em sua divisão, o Buffalo Bills foi uma das surpresas de 2019 e alcançou à pós-temporada, estando por um fio de chegar ao Divisional Round não fosse o apagão sofrido no segundo tempo da derrota para o Houston Texans. Em 2020, a defesa continuará liderando a equipe – a unidade de Buffalo foi a sexta melhor da liga em DVOA em 2019 – ainda que alguns nomes de rotação atinjam a free agency nos próximos dias. Com $77 milhões de dólares disponíveis na folha salarial, porém, os Bills podem se dar ao luxo de reforçar ainda mais a unidade, focando em EDGEs para auxiliar no pass rush e no jogo terrestre – como Jadeveon Clowney e Yannick Ngakoue.

Ademais, com o alto montante disponível no salary cap, os Bills podem elevar a qualidade de seu ataque e trazer um wide receiver número 1 para Josh Allen. No último ano, o quarterback mostrou evolução em seu jogo, mas ficou nítida a falta de um legítimo recebedor que funcionasse como válvula de escape para Allen em momentos chaves da partida. Josh Brown fez um bom 2019, mas não é o que se espera como melhor nome de seu grupo de wide receivers; assim, a franquia pode buscar um bom nome na free agency, como Robby Anderson – afinal, Amari Cooper deve renovar com o Dallas Cowboys – ao mesmo tempo que reforça o setor com sua escolha de primeira rodada no Draft, em um classe profunda que possui bons recebedores que chegarão à escolha 22: como Justin Jefferson, Tee Higgins e Denzel Mims.

Com espaço no salary cap para incrementar o pass rush defensivo com novos nomes e uma classe de Draft excelente para suprir a carência de talento no grupo de recebedores. Os Bills estão prontos para evoluir dos dois lados da bola em 2020, tornando-se um sério candidato a vencer a AFC East e projetando-se a avançar na pós-temporada, deixando a amarga derrota para Houston no passado.

Arizona Cardinals

Aqui há uma polêmica maior, principalmente quando pensamos na divisão que o Arizona Cardinals está inserido; porém, há bons motivos para crer que a franquia será capaz de subir de patamar em 2020, ainda que uma ida à pós-temporada possa depender do aumento no número de times classificados, como é proposto no novo CBA. Mesmo com uma campanha negativa, o ano de 2019 manteve-se dentro das expectativas para um ano de transição e a ascensão de Kyler Murray traz boas perspectivas para o ataque nesta temporada.

Com $40 milhões de dólares disponíveis na folha salarial e buscando envolver David Johnson em trocas para aumentar a folga financeira, Arizona pode aproveitar a posição alta no Draft para dar ainda mais armas a Murray – a aquisição de CeeDee Lamb ao ataque de Kliff Kingsbury seria muito bem vinda – ao mesmo tempo que utiliza da free agency para reforçar o setor, o qual mostrou indícios promissores sobre o sistema Air Raid em 2019. Para que seja possível um elenco competitivo, todavia, esse espaço na folha deve ser utilizado para um incremento defensivo, pois – por mais que a unidade possua talento como Chandler Jones e Patrick Peterson -, ainda há buracos a serem tapados, principalmente conta o jogo aéreo.

A principal pedra no sapato dos Cardinals, entretanto, é a NFC West. Estar em uma divisão com os atuais vice-campeões, com o Seattle Seahawks buscando um novo padrão ofensivo e com os Rams em reformulação complica a vida de Arizona, uma equipe que ainda carece de confiabilidade. A maior experiência de Kingsbury e Murray somada à melhora do elenco via free agency e Draft, contudo, mostram-se bons indicativos para que a franquia dispute a vaga na pós-temporada e possa beliscá-la ao fim do ano.

Denver Broncos 

Após vencer o Super Bowl L, o Denver Broncos afastou-se dos dias de glória e posicionou-se na parte de baixo da AFC nas últimas temporadas. Com inconsistências na posição de quarterback e o desmantelamento da No Fly Zone, a franquia passou por suscetivos erros administrativos, mas voltou a encontrar a direção certa e, em 2020, projeta-se para voltar ao patamar de cima da AFC, por onde esteve durante tantos anos.

Ainda que a escolha de Drew Lock no último Draft prossiga como contestável, o ataque do time melhorou após o momento que o calouro assumiu o posto de titular e o teto da unidade para 2020 é maior. Com a 15ª escolha geral do próximo Draft sendo direcionada, provavelmente, à seleção de um wide receiver – Jerry Jeudy ou Henry Ruggs III são os principais nomes que devem estar disponíveis – e com Courtland Sutton rumo a outro ano sólido, o ataque aéreo da franquia indica uma volta à efetividade, o que é necessário para que os Broncos disputem seu lugar na pós-temporada.

Ainda que Chris Harris Jr. esteja de saída, a contratação de A. J. Bouye mantém o compromisso defensivo da equipe e o retorno de Bradley Chubb somado ao segundo ano de Vic Fangio no comando – o qual colocou a unidade nos eixos após alguns tropeços no início da última temporada – colocam a franquia na direção correta, rumo ao topo defensivo da NFL. Tal qual os Cardinals, porém, o problema dos Broncos reside em sua divisão. Com Patrick Mahomes liderando a AFC West, é quase impossível imaginar que Denver seja capaz de vencer o título divisional, mas – com o crescimento ofensivo e defensivo da equipe – uma vaga via Wild Card é um sonho provável para que a franquia volte às prateleiras mais altas da conferência.

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