Prévia: Alabama e Clemson mais uma vez na final

Quem leva a melhor no Saban x Swinney IV?

Um confronto que se repetiu em cada uma das últimas três edições do College Football Playoff e que representará novamente a grande final da temporada da FBS pela terceira vez nos últimos quatro anos. Clemson e Alabama foram apontados como os melhores times do país desde o início da temporada e só consolidaram essas expectativas com duas campanhas perfeitas até então.

Draft Notebook: Alabama e Clemson na final do College

Disputado inicialmente após a temporada de 2014 em substituição do sistema BCS, o College Football Playoff está em sua quinta edição: Alabama é a única universidade a ter participado de todas, seguida por Clemson, com quatro. A edição de 2019 será disputada no Levi’s Stadium, em Santa Clara, California, e acontecerá na segunda-feira, 7 de janeiro, as 23h do horário de Brasília. Na Odds Shark, Alabama é considerada favorita por 5,5 pontos.

Como cada time se qualificou para a final

#1 Alabama: venceu Oklahoma por 45 a 34 no Orange Bowl

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Sabia-se que esse seria um confronto recheado de pontos, e a expectativa foi certamente cumprida. Enfrentando o melhor ataque do país, mas com uma defesa extremamente deficitária, coube a Alabama tomar o controle do jogo no primeiro período – que se encerrou em 21 a 0 – e só administrar o confronto desde então. Tua Tagovailoa, recuperado da lesão no tornozelo que lhe retirou da final da conferência contra Georgia, teve uma noite inspirada, errando apenas 4 de 27 tentativas de passe e conseguindo 318 jardas e 4 touchdowns.

#2 Clemson: venceu Notre Dame por 30 a 3 no Cotton Bowl

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Muito menos equilibrado do que se podia imaginar, a vitória de Clemson evidenciou a superioridade do time que passou invicto pela ACC capitaneado por uma grande exibição do quarterback Trevor Lawrence, especialmente no segundo quarto: os Tigers anotaram 20 de seus 30 pontos nesse período da partida, indo para o intervalo com uma vantagem de 23 a 3 e essencialmente encerrando o confronto. O calouro Lawrence não exibiu as fraquezas de primeiranista que Notre Dame esperava conseguir expor e terminou o confronto passando para 327 jardas e 3 touchdowns.

A batalha nas linhas: Alabama terá de parar o front seven de Clemson

Ainda que os Tigers tenham novamente que jogar sem Dexter Lawrence, uma de suas estrelas que está suspensa por violar a política de substâncias da NCAA, essa é uma linha defensiva que possui em Christian Wilkins e Clelin Ferrell dois jogadores capazes de destruir o backfield de qualquer equipe que lhes tenha de enfrentar.

Por outro lado, essa será uma missão bastante difícil. A linha ofensiva de Alabama é extremamente sólida, encabeçada pelo left tackle Jonah Williams – a quem especula-se que será o primeiro jogador da posição a ser selecionado na próxima classe. Por melhor que seja a secundária de Clemson, a principal chave para limitar Tua Tagovailoa será aplicar pressão no quarterback e, se isso não acontecer, de nada adiantará: o jogo contra LSU é um ótimo exemplo disso.

Tua, inclusive, se mostrou saudável e sua atuação no último sábado foi magistral: ele tem total habilidade de romper uma defesa. O importante para Clemson será como limitar as big plays de Alabama, que certamente acontecerão. Um bom jogo de Tanner Muse e K’Von Wallace será importante.

Sem erros de calouro: Lawrence terá de ser perfeito contra Nick Saban

As defesas de Nick Saban são extremamente complexas e seus jogadores necessitam de um grande nível de inteligência para atuarem nela – não a toa, Alabama exporta jogadores e mais jogadores para a NFL em todos os drafts. Saban é um gênio defensivo, com seu modelo híbrido que varia as coberturas e torna a missão para um quarterback extremamente difícil – ainda mais Lawrence, que está no seu primeiro ano em Clemson.

É Lawrence quem será o jogador mais importante do confronto a se observar quando os Tigers tiverem a bola: sua temporada inicial foi ótima, mas o nível de talento do Crimson Tide é excepcional: Quinnen Williams, Mack Wilson, Raekwon Davis, Deionte Thompson… enfim, nomes e mais nomes. É extremamente improvável pensar que Clemson terá sucesso impondo o jogo terrestre contra Alabama, então, um jogo excelente de Lawrence é a chave para os campeões da ACC triunfarem em Santa Clara

Quem assistir pensando no Draft?

Nos dois previews da semifinal linkados no início do texto, citamos vários nomes das universidades que estavam presentes nos jogos e porque você assisti-los, bem como sua cotação para o Draft. Evitando ficar repetitivo, apenas listaremos nomes que você verá na liga profissional a partir do ano que vem; para ficar melhor informado sobre o Draft, acesse o On The Clock, a melhor fonte sobre o Draft em português

  • Quinnen Williams (iDL, Alabama);
  • Deionte Thompson (S, Alabama);
  • Jonah Williams (LT, Alabama);
  • Raekwon Davis (iDL, Alabama);
  • Clelin Ferrell (DE, Clemson);
  • Christian Wilkins (DT, Clemson);
  • Trayvon Mullen (CB, Clemson);

E a previsão final?

Se você estava ansioso por esse jogo desde o início da temporada, a expectativa acaba essa noite. Não há dúvida alguma de que Clemson e Alabama são os dois melhores times do país, comandados por dois dos melhores técnicos existentes no College Football e que possuem pilhas e pilhas de talento. Simplesmente, imaginar uma final diferente dessa seria loucura.

Eu acho, porém, que existe um time superior dentre os dois. São ambas as defesas maravilhosas e dois ataques bastante potentes, mas fico com o sentimento de que Alabama ainda é um time levemente superior. Tagovailoa já esteve nessa situação no ano passado, e eu realmente acho que Lawrence vai sofrer um pouco sendo um calouro e tendo de enfrentar Saban na final nacional.

Segundo o S&P+ Ratings, métrica do Football Outsiders, os dois times tem força parecidíssima: Alabama tem um rating de 29.6, e Clemson, 28.6 – disparados os dois times mais fortes da temporada. No fim das contas, só uma será a campeã. Meu palpite é Alabama, que vence o terceiro Playoff em cinco anos, o segundo em cima de Clemson.

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