Prévias 2021: Bengals continuam mirando o futuro

À parte a posição de quarterback, time de Cincinnati segue sendo um grande canteiro de obras – aparentemente melhor do que em 2020, mas ainda assim distante de brigar por Wild Card ou disputar o título da fortíssima AFC North

Sem uma campanha positiva desde 2015, o Cincinnati Bengals passou de anual visitante dos playoffs a completo coadjuvante da NFL, inclusive tornando-se a 4ª força da AFC North após a ascensão do Cleveland Browns. Agora, o caminho de volta a relevância é longo e passa obrigatoriamente pela recuperação de Joe Burrow, que rompeu os ligamentos do joelho na semana 10 da temporada passada.

DRAFT E FREE AGENCY 2021: A offseason dos Bengals foi bastante movimentada entre chegadas e saídas. Jogadores importantes iguais a Carl Lawson e Willian Jackson III partiram na free agency, mas em compensação a franquia conseguiu diversas aquisições valiosas para os inúmeros setores carentes do elenco, como o offensive tackle Riley Reiff, o EDGE Trey Hendrickson e os calouros Ja’Marr Chase, Jackson Carman e Joseph Assai.

Principal reforço: Ja’Marr Chase, WR. O prospecto de LSU era o principal wide receiver da classe, logo é fácil entender porque Cincinnati se apaixonou por ele. Além disso, a perspectiva de reeditar a parceira com Burrow, outro ex-Tiger, teve um grande peso na decisão de escolher o recebedor, conforme admitido pelo técnico Zac Taylor.

Principal perda: Carl Lawson, EDGE. Lawson nunca foi uma máquina de sacks, todavia ele era um pass rusher jovem e em processo de amadurecimento. Segurá-lo teria sido melhor do que vê-lo ir embora e poderia render ótimos frutos no futuro próximo.

Zac Taylor tem o necessário para fazer o ataque render

O trabalho de Zac Taylor como head coach é muito fraco até agora. As seis vitórias em duas temporadas até poderiam ser justificadas pela fragilidade geral do time, porém não há desculpa para a falta de evolução do ataque, afinal ele foi contratado cheio de pompas por ser amigo/discípulo de Sean McVay e, teoricamente, uma promissora mente ofensiva. Ainda assim, o ataque dos Bengals foi em 29º em DVOA tanto em 2019 quanto em 2020.

Os Bengals, por exemplo, gastaram escolhas altas nos últimos Drafts em um franchise quarterback e dois wide receivers (Chase e Tee Higgins), encorpando um corpo de recebedores que já contava com o subestimado Tyler Boyd. Mesmo levando em conta a saída de A.J. Green e os problemas da linha ofensiva, é poder de fogo suficiente para um produtivo jogo aéreo. Ademais, se colocarmos o running back Joe Mixon e o tight end Drew Sample na equação, teremos um grupo de skill players entre os mais jovens e explosivos da liga, o qual daria inveja a várias equipes que brigarão por playoffs em 2021.

O calcanhar de Aquiles, no entanto, continua sendo a linha ofensiva. Cincinnati investiu mal em bloqueadores recentemente, incluindo as seleções dos pedestres Jonah Williams e Billy Price no Draft, e isso teve um preço. Williams terá uma nova chance protegendo o lado cego de Burrow, enquanto o veterano Riley Reiff assumirá a função de right tackle. Não é o ideal, contudo Reiff fará a linha melhor por tratar-se de um upgrade imenso em comparação ao péssimo Bobby Hart, o titular de 2020.

Já as posições de guard são disputadas por Quinton Spain, Michael Jordan (não aquele) e o calouro Jackson Carman. Spain vem de uma temporada em baixa no Buffalo Bills, ao passo que Carman pareceu um leve reach no início da 2ª rodada. Ele foi tackle no College e acabará convertido em guard no nível profissional por conta de suas características físicas. O center Trey Hopkins fecha a formação titular. Enfim, a julgar pelas opções disponíveis, Burrow precisará lidar com bastante pressão vindo pelo miolo da linha.

Resumindo, Zac Taylor possui material humano suficiente para fazer Cincinnati ter, no mínimo, um ataque competitivo e distante dos cinco piores da NFL. Provavelmente será sua última chance de mostrar sinal de vida, pois ele não voltará em 2022 se as coisas não começarem a funcionar deste lado da bola.

Defesa segue sem grande perspectiva de melhora

Os Bengals carecem de talentos defensivos de primeiro escalão no seu plantel, o que coloca um teto claro em qualquer tipo de expectativa. Eles ficaram entre as 10 piores defesas em DVOA geral (27ª), pontos (22ª) e jardas cedidas (26ª) e é difícil imaginá-los subindo de patamar em 2021.

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