Ser primeira escolha geral do Draft é algo que acompanhará um jogador para sempre, não importando quanto tempo terá passado. Se por um lado é bom e faz com que a NFL tenha maior paciência que o comum, – vide Cam Newton, que não joga bem desde 2018 e recebeu mais uma oportunidade no New England Patriots – também traz a responsabilidade de em algum momento da carreira fazer algo espetacular e se mostrar fora da curva. Afinal, entre todos os mais de 1000 prospectos, ele foi o escolhido e precisa fazer jus a isso.
Jadeveon Clowney vive a segunda situação. Selecionado pelo Houston Texans na primeira escolha do Draft de 2014, ele viveu alguns bons momentos na liga, chegando a ir para três Pro Bowls (muito por conta de sua popularidade). Entretanto, jamais conseguiu entregar o que se esperava de um EDGE como ele: não tem sequer uma temporada com 10 sacks. Para piorar, os dois últimos anos foram desastrosos, com passagens apagadas por Seattle Seahawks e Tennessee Titans. O Cleveland Browns resolveu apostar nele mesmo assim, dando a ele um contrato de um ano. Essa é a última chance de Clowney provar que não é um bust.
O corpo precisa ajudar
Em sete temporadas na liga, Clowney só jogou uma completa, em 2017. De resto, em algum momento do ano, ele esteve no departamento médico. A cada quatro jogos de seus time, é como se o EDGE perdesse um. Isso traz um efeito negativo terrível para o jogador, por um simples motivo: ele deixa de ser peça-chave em qualquer sistema. Não que quando saudável, ele não seja usado: porém, como um coordenador defensivo vai esquematizar algo que favoreça Clowney se tem muitas dúvidas de que ele estará em campo?
