A notícia do falecimento de Kobe Bryant foi algo que tomou todos de surpresa no domingo à tarde. Quando da confirmação pelas autoridades, o Pro Bowl estava em andamento e o anúncio da morte foi feito apenas ao final do segundo quarto no Camping World Stadium. Em seguida, aplausos e gritos uníssonos de “Kobe! Kobe! Kobe!” se seguiram. Ontem, no Media Night/Opening Night (primeiras coletivas de imprensa) para o Super Bowl LIV, o mesmo aconteceu.
Sentimentos agridoces tomaram o Marlins Park, estádio de beisebol usado pela NFL para o evento. Por um lado, os presentes estão animados para o maior evento esportivo dos Estados Unidos. Por outro, é inegável não ficar triste com uma morte tão triste. O Media Night, que costumeiramente conta com repórteres “causando” – para não dizer outra coisa – teve outro tom neste ano. Os primeiros a irem “a campo” foram do Kansas City Chiefs. “Cara, acorda, acorda! Eu vi e estava tipo, não é possível, tem que ser falso”, disse Tyreek Hill sobre como soube da notícia, ainda no avião rumo a Miami, e como fora o primeiro a contar sobre o fato para Pat Mahomes. “Não tive sorte o suficiente de conhecer Kobe”, disse o quarterback . “Mas o impacto de que ele teve em minha vida foi imenso. A forma pela qual ele era capaz [de ir treinar] todos os dias, quando eu era criança, a ética profissional dele, a intensidade de ser grande todos os dias”, completou Mahomes.
Boa parte dos atuais jogadores da NFL eram crianças ou adolescentes enquanto Kobe Bryant esteve no auge. Foram 20 temporadas, todas pelo Los Angeles Lakers, e cinco títulos da NBA. Um atleta que tinha uma relação diferente com Kobe era Richard Sherman. O cornerback do San Francisco 49ers passou por um momento delicado em sua carreira e ele foi, de certa forma, semelhante a um passado por Bryant. Eles conversaram após Sherman romper o tendão de Aquiles em novembro de 2017 – lesão que Kobe também teve. “Ele era um competidore, acho que esta é a melhor palavra [que lhe define]”, disse Sherman. “Foi uma das pessoas mais únicas que tive a sorte de conhecer”.
Técnico do Philadelphia Eagles na última vez que chegara ao Super Bowl, Andy Reid falou sobre o ilustre torcedor do time – que fez Ensino Médio num subúrbio da Philadelphia antes de ir para a NBA. “É triste, uma grande pessoa, cara. Eu sinto muito por sua família. Eles vão se reerguer. São fortes”, disse. Reid é o sétimo técnico na história da liga a conduzir dois times diferentes ao Super Bowl – 15 anos atrás, os Eagles de Kobe e Reid perderam para o New England Patriots. Há dois, o resultado foi distinto e vídeos de Bryant comemorando o título viralizaram nas redes sociais.
Com informações da Associated Press.







