Não precisa ser espetacular: precisa ser eficiente. Na NFL, por vezes é preciso caminhar em passos lentos para chegar ao sucesso. Em suas duas primeiras temporadas com o Atlanta Falcons, Arthur Smith esbarrou em diversas barreiras com times que aparentavam ser melhores. Queda de Matt Ryan, saída de Calvin Ridley, jogo terrestre pouco eficiente, defesas problemáticas. Em 2023, pressionado, precisava se superar.
Já havíamos alertado que Atlanta vinha montando um time condizente com a filosofia de seu treinador. A seleção de Bijan Robinson pelo Draft foi a cartada final para virar a chave na equipe da Georgia. O início 2-0 não foi avassalador, mas uma representação de que a equipe pode ir longe na temporada. Basta seguir a cartilha de Smith à risca.
Bijan e seus amigos
Desde seus tempos de Tennessee, Smith sempre gostou de possuir um running back que pudesse ser o centro de seu ataque. Na época, Derrick Henry era o foco das jogadas, desgastando as defesas e abrindo espaço para ganhos maiores pelo ar. Com Bijan não vem sendo diferente, porém, agora o treinador possui um extra para tornar seu grupo mais dinâmico: a excelência de Robinson como recebedor.
Essa vantagem permite que o ataque continue operando mesmo que a defesa adversária seja eficiente defendendo as corridas. Sua agilidade em espaços curtos permite que ele seja perigoso pelo chão ou pelo ar. Contra o Green Bay Packers, a primeira opção provou-se melhor – foram quase 20 carregadas para mais de 120 jardas -; já contra o Carolina Panthers, seu touchdown se deu por meio de uma recepção.
Em um ataque no qual as principais peças ainda precisam se encontrar, Bijan tornou-se um alento para evitar um fracasso inicial. Drake London e Kyle Pitts ainda precisam subir de nível para dar mais dinamismo ao ataque. Enquanto isso não acontecer, o running back vai dando conta do recado.
