É uma temporada recheada de tensões. Quando deu um novo contrato a Daniel Jones, o New York Giants fez uma aposta de altíssimo risco e colheu os frutos negativos de seu investimento. Atrelaram-se ao quarterback e ficaram de mãos atadas, tornando uma missão ingrata, inclusive, selecionar um novo passador no último recrutamento.
Só que não há tempo para a espera. Brian Daboll está com a corda no pescoço e a franquia precisa expressar resultados, voltando à pós-temporada nem que seja para uma curta corrida. A margem de erro, contudo, é muito alta e New York não pode sonhar em ter qualquer falha, pois seu teto é muito frágil. Está chegando a grande prova da equipe.
Daniel Jones, nada de bom que se possa esperar
Sou favorável ao torcedor criar zero expectativas aqui. Não é possível nem tentar se enganar que Jones irá melhorar – ele não vai. É um passador limitado e fraco, estando ali como quebra galho pela decisão errônea da equipe, a qual só irá arriscar na posição no próximo recrutamento.
Daniel tem péssima acurácia, sendo incapaz de colocar a bola no ponto certo para o recebedor; segura demais a bola por ter lento processamento do jogo, passa mal em profundidade e tem altíssimo nível de turnovers. Em seu melhor nível, Jones lança bons passes curtos, evita interceptações ou fumbles que mudem o resultado do jogo e deixa seus playmakers decidirem o confronto. Foi assim que os Giants chegaram aos playoffs em 2022: o quarterback teve o menor percentual de interceptações da NFL (1,1%) e fez o que o plano de jogo lhe pedia.
Mesmo nesse melhor cenário, contudo, seus números não foram bons. Apenas 15 touchdowns e 3200 jardas passadas. Em 2023, quando voltou ao seu modo “normal”, os turnovers voltaram à estaca zero e o controle do ataque igualmente decaiu. A lesão no meio do caminho foi apenas a pá de cal em um ano que já estava fadado ao fracasso. Leia-se: a torcida de New York precisa torcer para que, na melhor das hipóteses, Jones não estrague o jogo. É um péssimo indicador.






