Hoje é fácil para o torcedor do Pittsburgh Steelers aclamar Ben Roethlisberger. Afinal, após 16 temporadas no comando da franquia, são três idas ao Super Bowl, com direito a duas vitórias, além de inúmeras participações nos playoffs. Desde a sua chegada em 2004, ainda sob a batuta do lendário treinador Bill Cowher, os Steelers não tem uma campanha com mais derrotas que vitórias. O quarterback é adorado pelos fãs e tem seu nome escrito na história de uma das mais tradicionais equipes da NFL.
Porém, é interessante pensar: o que fez os Steelers se apaixonarem por Roethlisberger, a ponto de o selecionarem na escolha 11 geral do Draft de 2004? Vale lembrar que ele vem uma universidade pequena, Miami (Ohio), e que joga na MAC (Mid-American Conference), uma conferência que está longe das mais tradicionais. Pensando nisso, resolvi entender o que fez Pittsburgh ir atrás de Big Ben, o que acabaria sendo um dos maiores acertos da história da franquia.
O contexto
Em 2003, Tommy Maddox era o quarterback titular da equipe. Já com 32 anos na época, era um jogador que tinha passado por algumas equipes da NFL sem muito destaque, indo depois jogar na primeira versão da XFL em 2001, sendo campeão e MVP, sendo contratado pelos Steelers em 2002. Mas ele era um atleta limitado, que no máximo podia conduzir um ataque mediano. Seus números no ano que antecedeu a seleção de Roethlisberger provam isso: 57% de passes completos, 3414 jardas, 18 touchdowns e 17 interceptações. A campanha de 6 vitórias e 10 derrotas deixou o time fora dos playoffs e uma solução era necessária.
