Depois de se decepcionar em 2019, o torcedor do Pittsburgh Steelers tem muitos motivos para comemorar neste ano. A equipe se tornou a única com campanha invicta na NFL, após bater o Tennessee Titans no último final de semana e ver o Seattle Seahawks ser derrotado no Sunday Night Football.
Aliás, um início 6-0 não era visto na Pensilvânia desde 1978, ano em que Pittsburgh começou com sete vitórias consecutivas e acabou levantando o caneco – o terceiro daquela década.
Considerada por muitos como a terceira potencial força da AFC, a equipe vem demonstrando a cada semana que possui armas para combater as grandes potências da divisão: Baltimore Ravens e Kansas City Chiefs. Mas, antes, é necessário dar um passo atrás, para que possamos entender como os Steelers superaram as expectativas e se tornaram a única campanha invicta da NFL.
Com ataque competente, as previsões se concretizaram
Não é preciso dizer que fazer uma previsão de temporada é um exercício muito difícil; ainda assim, em alguns times podemos encontrar pontos que parecem “óbvios”, desenhados para acontecer mesmo antes da semana 1. Isso foi algo que aconteceu com os Steelers: já na intertemporada, podíamos dizer que, se o ataque fosse minimamente competente, a pós-temporada era uma meta pequena para equipe.
Ora, se uma das melhores defesas da liga quase conseguiu levar dois quarterbacks reservas aos playoffs, o que poderia fazer com um futuro membro do Hall Of Fame? Como premeditado, o retorno de Ben Roethlisberger era o que faltava para a equipe voltar a ser uma potência na AFC. Com o ataque operando de forma diferente dos anos anteriores, a unidade vem sendo eficiente e permite que a defesa continue brilhando sem ter o fardo inteiro nas suas costas. T. J. Watt continua sendo um candidato a jogador defensivo do ano; Minkah Fitzpatrick permanece sendo um dos melhores safeties da liga; as blitzes continuam igualmente eficientes: só que agora isso possui um efeito maior, já que o ataque pode capitalizar os acertos defensivos.
Em 2020, você pode ver Pittsburgh amassando um adversário por conta de uma dominante atuação defensiva, como aconteceu contra o Cleveland Browns, ou ganhando a partida pelas mãos de Big Ben, no caso do triunfo perante o Philadelphia Eagles. Assim, tornou-se muito mais difícil combatê-los, pois não mais basta colocar alguns pontos no placar; agora, é necessário ser quase perfeito dos dois lados da bola, tornando a concorrência pelo topo da AFC ainda mais acirrada.
