Contrato de Kaepernick fica garantido para 2016 – saiba como isso afeta possíveis trocas

A novela Colin Kaepernick parece que não terá o fim na data originalmente programada. Um “dia comercial” da NFL acaba às 4 da tarde – assim, nada geralmente acontece depois desse horário.

Como já faz algumas horas que esse prazo passou (obviamente no fuso oficial da liga, o de Nova York), temos um fato bem importante: o contrato de Colin Kaepernick com o San Francisco 49ers está garantido para a temporada 2016.

Isso quer dizer que seu salário base, a partir do primeiro minuto do dia comercial de amanhã, estará garantido (já que nada foi feito hoje, seja corte ou troca). São 11,9 milhões de dólares, o que faz de Kaepernick o 13º quarterback mais bem pago da NFL. Ele está logo atrás de Russell Wilson e, acredite, a frente de Aaron Rodgers e Tom Brady. Para ficar melhor de visualizar, montamos uma tabela.

A sua frente a lista segue da seguinte forma, em salário-base para 2016:

Quarterback Salário Base 2016
Kirk Cousins US$19,953,000 
Drew Brees US$19,750,000 
Ben Roethlisberger US$17,750,000 
Eli Manning US$17,500,000 
Matthew Stafford US$17,000,000 
Philip Rivers US$16,500,000 
Andrew Luck US$16,155,000 
Jay Cutler US$16,000,000 
Matt Ryan US$15,750,000 
Alex Smith US$14,100,000 
Cam Newton US$13,000,000 
Russell Wilson US$12,342,000 
Colin Kaepernick US$11,900,000 
Aaron Rodgers US$11,500,000 
Andy Dalton US$10,500,000

 

No total, Kaepernick pode “fazer” 14 milhões de dólares nesta temporada – isto é, incluindo os bônus pela participação de exercícios de pré-temporada e estando no elenco semana a semana (125 mil dólares para cada jogo que ele esteja listado como ativo). O contrato de Kaepernick, como um todo (somando bônus/salário-base) tem um impacto total de 15.89 milhões de dólares na folha de pagamento dos 49ers (e consequentemente em seu teto salarial).

Falando em teto, isso não é tanto problema para San Francisco – em realidade o problema é a falta de talento em múltiplas posições. A equipe ainda tem 53.4 milhões para gastar. Em quem, resta saber – pelo menos 80% dos grandes jogadores free agents já assinaram com alguém. No Draft esse dinheiro não fará tanta diferença, já que o contrato dos calouros é congelado em função de quando eles são escolhidos no recrutamento (para evitar absurdos como o contrato de JaMarcus Russell com os Raiders anos atrás).

O espaço no teto é o que faz com que a “data limite” não seja bem um prazo

Sabe o que explica a tranquilidade dos 49ers no manejo da questão? Justamente o espaço monumental no teto salarial. A franquia é a segunda da liga com mais espaço (só “perde” para os Jaguars, que mesmo indo à forra no mercado ainda tem 53,5 milhões). Mesmo com o contrato estando garantido, os 49ers não sofrem tanto assim.

Ainda há tempo, sem pânico, para que o time continue explorando possibilidades de trocas. A real data limite, a bem da verdade, deve ser o Draft. No momento, apenas o Denver Broncos parece despontar como parceiro para essa eventual troca – o New York Jets vem sem segundo e os Browns parecem ter desistido, dado que assinaram com Robert Griffin III.

Vai dar certo com Chip Kelly? Bom, isso é tema para um texto que jajá publicaremos.

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