A intertemporada não tem jogos, mas nem por isso ela é um eterno marasmo. Mais do que óbvio que foi nela que nasceram os times campeões da Conferência Nacional e Conferência Americana no último ano – os Chiefs subiram no Draft por Mahomes em 2017 e os Eagles, além de apostarem em Jalen Hurts na segunda rodada do Draft de 2020, aproveitaram muitas boas oportunidades como a troca por A.J. Brown no dia do Draft 2022.
A intertemporada (offseason) deste ano promete ter algumas histórias bem movimentadas. Tom Brady já deu entrada no seu INSS, então isso é página virada. Mas ainda temos alguns quarterbacks potencialmente em movimento, nem que seja ao menos um deles com Derek Carr.
Então, como um prelúdio da offseason de 2023, vamos aqui listar 10 histórias para você acompanhar nesta intertemporada. Uma mais do que óbvia – O que o Chicago Bears fará com a escolha 1? – fica de fora porque por si ela terá bastante atenção nas próximas semanas.
1- O que o New York Giants vai fazer da vida?
Já falamos sobre aqui em ProFootball e eis uma novela que terá desenrolar mais rápido do que as demais, dado que ela é dependente da Franchise Tag. Os Giants têm suas duas principais peças do ataque virando agentes livres no próximo mês: o quarterback Daniel Jones, que vem da melhor temporada de sua carreira, e Saquon Barkley, idem para o running back. O problema é que não dá para colocar a franchise tag em ambos. Os Giants precisam escolher apenas um.
E aí é onde mora o B.O. Muitas questões de filosofia de montagem de elenco entram nisso. Renovar com Saquon Barkley por longa duração é um risco e a franchise tag para running backs é barata – 10 milhões. Mas aí, Jones chegaria no mercado. É um risco a se correr? Provavelmente, não é como se os Giants estivessem com uma pedra precisa insubstituível em Jones. Renovar com ele num contrato curto e com valores que prezem por probidade em termos de folha salarial seria o ideal. Se não der, não é o fim do mundo.
2) Ajuda a Mac Jones
Jalen Hurts recebeu A.J. Brown, Josh Allen recebeu Stefon Diggs. Mac Jones até agora recebeu Nelson Agholor. É mais do que óbvio que alguma ajuda precisa ser dada para o desenvolvimento saudável do quarterback dos Patriots, dado que o time já se mexeu para trazer Bill O’Brien. Isso é a solução de momento mas, ao mesmo tempo, um certo problema na medida em que causa um quase-impedimento para uma troca por DeAndre Hopkins dado o histórico terrível e digno de Casos de Família entre os dois. A classe de wide receivers do Draft não é potente como em anos anteriores e a de free agency é bem rasa. Vamos ver o que rola.
3) As medições de Bryce Young e o Combine de Anthony Richardson
Reputado até agora como o quarterback #1 da classe, Bryce Young (Alabama) enfrenta um desafio em forma de fita métrica nesta semana. O produto de Alabama passará pelas medições no NFL Combine e a tendência é que tenha 5’10,5 ft. – o que dá 1,79m, abaixo dos 1,80m que a NFL costumeiramente coloca como mínimo para um quarterback não ter muitos problemas.
Por mais que os paradigmas de Russell Wilson e Drew Brees tenham sido estabelecidos, ambos tinham 1,80 (Wilson) e 1,83m (Brees). O histórico de menos do que isso é Kyler Murray, cujos 1,78m podem ser estabelecidos como fator limitante para passar a bola no meio do campo por vezes – sem contar o tamanho como um todo ser um potencial problema para lesões, coisa que vem acontecendo com Murray. Claro que cada caso é um caso, mas ao mesmo tempo as comparações serão inevitáveis e Murray não vem fazendo muita coisa boa para ajudar seus pares de altura semelhante. Adicionalmente, temos o diamante cru da classe, Anthony Richardson, passando por todos os testes do Combine. Se ele lançar bem pode ajudar no processo de subida rumo quiçá ao top 5.
4) O Contrato de Lamar Jackson
Os rumores são que Lamar quer uma grana garantida enorme, o que é natural para um jogador que se expõe fisicamente como praticamente nenhum outro quarterback da liga. O problema é que ele e os Ravens, já desde o ano passado, não conseguem chegar num denominador comum. A saída pode ser a franchise tag, mas isso não significaria um fim na novela. No máximo, uma nova novela, com potencial troca de Lamar ou de toda forma o drama até julho para entendermos se ele renova por longo prazo ou não.
5) Um running back no top 10
Na prática, o melhor prospecto na posição de running back desde Saquon Barkley em 2018; Bijan Robinson é o pacote completo, correndo com força, sendo mais do que útil no jogo aéreo (recebendo e bloqueando) e pode ser o primeiro jogador da posição a sair no top 10 desde o próprio Saquon, que foi escolhido na segunda geral pelos Giants.
O mais cedo nesses quatro anos que um running back saiu foi com Josh Jacobs e Najee Harris, ambos na #24. Philadelphia, que tem justamente a décima escolha geral pode ser uma possibilidade. Mas não vamos colocar o carro na frente dos bois, ainda tem água pra rolar. Robinson, vale lembrar, estará no Combine fazendo os testes atléticos nesta semana.
6) O prêmio de consolação
Jimmy Garoppolo muito provavelmente será um prêmio de consolação na briga por Aaron Rodgers caso aconteça o mesmo desfecho de sempre – ou seja, ele tomar chá psicodélico, fazer retiro numa caverna e voltar pra Green Bay como em todos os outros anos em que uma novela aconteceu. No caso, o Las Vegas Raiders e o New York Jets seriam candidatos, sendo o segundo também uma possibilidade no caso de não acertar com Derek Carr. Garoppolo tem ligações com as duas comissões técnicas; Vários dos Jets trabalharam com ele nos 49ers e Josh McDaniels esteve na comissão técnica que draftou Garoppolo em 2014 pelo New England Patriots.
7) Avenida Green Bay: Season 3
Chega, não vamos falar sobre até alguma coisa de fato acontecer. Quando e se acontecer a gente faz um monte de cobertura, Vencedores & Perdedores e o escambau. Até lá, aguardemos o que Aaron Rodgers decide da vida.
Para saber mais:
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