Por meio de seu instagram nesta terça-feira, o quarterback Drew Brees anunciou que voltará para a próxima temporada – 2020. Com isso temos uma equação a resolver quando se trata de quarterbacks e o New Orleans Saints.
A equipe teve três em seu elenco na última temporada: Brees, Teddy Bridgewater e Taysom Hill. Isto é, se você considerar Hill como um quarterback, dado que ele tem apenas seis passes completos na carreira. Para se ter ideia, isso é menos do que Johnny Hecker e Mohamed Sanu – respectivamente, punter e wide receiver.
A equação tem outras coisas para se considerar. Primeiro, o status contratual de cada um dos três. É verdade: os três são free agents. Contudo, em modalidades diferentes. Brees e Bridgewater são agentes livres irrestritos. Isso significa que podem assinar com qualquer equipe que bem entenderem. Não é o caso de Hill: ele é agente livre restrito e, com isso, os Saints podem colocar uma “etiqueta” que um time tem que pagar caso os Saints igualem uma proposta equivalente a essa etiqueta. É o que se chama de tender – e esse pagamento seria em função de uma escolha de Draft que seria dada aos Saints.
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Ou seja: a equação não comporta os três como aconteceu até a temporada passada. New Orleans terá que escolher, porque até em termos financeiros não daria para manter todos. Para piorar, o status contratual de cada um dos três. Para complicar, por assim dizer, Hill declarou neste mês que “se vê como um quarterback e se Saints não lhe derem essa oportunidade, ele procurará tal chance em outro time”.
Com Brees voltando, é óbvio que o plano A de New Orleans é o camisa 9. Ele está com Sean Payton há mais de dez temporadas e não apresentou um declínio de produção como Tom Brady na temporada passada – Brady é veterano por uma temporada a mais e ambos passaram dos 40 anos. Resta saber: Hill volta como “gimmick” ou como reserva/futuro de Brees?
A peça solta
Seja como for, uma peça fica solta nesse quebra-cabeça: Bridgewater. Ele não vai querer esquentar banco por mais uma temporada. Até porque, quando foi titular ano passado (9 TDs, 1 INT), Teddy mostrou-se competente – esse, no mínimo, é um adjetivo que você pode usar para qualificá-lo. Afinal, com Bridgewater no comando, embora não tenha apresentado um futebol americano ofensivo vistoso, os Saints não perderam nenhum jogo. De modo último, o trabalho do quarterback é esse: ganhar jogos.
Teddy já tinha sido especulado em outra equipe antes da última temporada. Os Dolphins poderiam ser um destino possível, por exemplo. Não aconteceu por vontade do próprio Bridgewater. Agora, parece inevitável.
Equipes não faltariam: Dolphins, Bears, Titans, quem sobrar sem quarterback. Afinal, para além dos números e competência do ano passado, Bridgewater comandou os Vikings aos playoffs em sua última temporada como titular (2015);
O quebra-cabeça dos quarterbacks será gostoso de assistir. Cenas dos próximos capítulos em uma free agency quase sem precedentes nesta década – ao menos, para os QBs.
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