Campanha positiva, quarterback com quinto melhor rating da NFL, líder da NFL em touchdowns terrestres, melhor calouro da liga em pressões e quinto melhor ataque da liga com 27 pontos por jogo. Isso, por si, faria qualquer time chamar a atenção do público.
Estamos falando da melhor equipe que não foi para a pós-temporada. De uma equipe que tem mais de uma escolha na primeira rodada do Draft do ano que vem e que entra como candidata a título de divisão.
Estariam prestando mais atenção neles como um todo. Se não fosse o Detroit Lions. O histórico recente foi zoado demais, por falta de palavra melhor, para que possamos acreditar que trata-se de um time que realmente entra o ano pensando em ganhar o título e não de jogar uma partida no horário do almoço do dia de Ação-de-Graças. Essa era de coadjuvantes da divisão e da conferência acabou neste domingo.
Hakuna Matata
Digamos que Simba, perdido na floresta, tenha encontrado em Dan Campbell seu tutor a là Timão & Pumba e era exatamente o que ele precisava. Para acabar com uma cultura perdedora e de coadjuvantismo, nada melhor do que doses cavalares de cafeína pela manhã. Ou de mostrar coragem em ser o time que mais va para quartas descidas na NFL.
Os Lions esqueceram seus problemas e simplesmente viveram em 2022. Sabiam que não iam muito longe, o que foi facilmente confirmado pelo início 1-6. O que ficou pouco sabido é que quatro dessas derrotas foram em uma posse e para times que jogam agora na pós-temporada. Seattle, Philadelphia, Minnesota, Miami: eles batalharam, embora tenham perdido.
O posterior 6-1 colocou os Lions de novo na briga. Jared Goff cortou turnovers, Aidan Hutchinson acrescentou pressões e Jamaal Williams finalizou com touchdowns. Detroit teve seus soluços, como o momental colapso para Carolina – um exame clínico de que o time não era para 2022.
Sucedeu-se na vitória da última semana o carimbo de como esse time seria para 2023. E poucos caras senão Dan Campbell conseguiriam colocar essa equipe em posição de, mesmo caída, levar o rival de divisão junto.
Não vou embora sozinho
A vitória contra o Green Bay Packers no Sunday Night Football foi a assinatura perfeita da mudança de paradigma e imagem do Detroit Lions. De não ser o mesmo Detroit de sempre. Fora de casa no Lambeau Field, onde são tradicionalmente dominados e assim o foram na Semana 2 da temporada passada, saíram do vestiário eliminados ante a vitória de Seattle na prorrogação. Digerido esse destino amargo, resolveram eliminar o outro para equivaler as coisas.
Os Lions entraram em campo com uma postura altiva, agressiva e de combate. Com nada em jogo, jogaram tudo. Pressionaram Aaron Rodgers, cuidaram da bola, fizeram ajustes táticos como melhor uso do jogo terrestre e do play-action – sem contar uma curadoria excelente na escolha de quando ir ou não para a quarta descida. Mais do que um vexame – que aconteceu, frise-se – de Aaron Rodgers e dos Packers, houve vitória maiúscula de Detroit. Uma vitória, ainda mais de a terrível novela mexicana rodgeriana que temos todo ano acabar em aposentadoria, que coloca Detroit no comando da divisão e na batalha contra Minnesota, com quem dividiu a série de dois jogos neste ano.
Ainda falta um quarterback mais acima da média, ainda falta defesa terrestre, ainda falta secundária melhor. Fato, porém: não falta mais dignidade em Detroit. Não mais.
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