Na prática, a temporada começa no training camp e termina no Draft. Então, findo o evento e feitas as principais análises aqui no ProFootball, nada melhor do que ranquear as equipes em função de sua força. Este é nosso primeiro Power Ranking da temporada 2022 e vamos juntos até os playoffs. Ao contrário de outros anos, vamos nos limitar a falar mais densamente dos 10 primeiros times e depois dar as menções honrosas para sempre, no máximo, cinco times. Com isso, temos os 10 ranqueados e 5 menções honrosas, em ordem alfabética.
A divisão de prateleiras permanece, embora não de maneira tão drástica. Vou me esforçar para que os cinco primeiros sejam times que conseguimos imaginar com tranquilidade num Super Bowl, em fevereiro. De 6 a 10, times que conseguimos imaginar com tranquilidade numa semifinal de conferência, ao menos. As menções honrosas são times que são candidatos aos playoffs, mas que precisam arrumar coisas aqui ou acolá para que possamos estar mais confiantes. Sem mais delongas, vamos à lista.
1- Buffalo Bills: Embora a AFC apresente-se de maneira bastante equilibrada e com muitas forças possíveis, o elenco do Buffalo Bills está entre as potências a serem batidas. O elenco como um todo é forte e ainda tem em Josh Allen um quarterback de elite na NFL. A secundária tem a volta de Tre’Davious White, cornerback bastante acima da média, o time conta com uma das melhores duplas de safeties da liga, trouxe Von Miller – que ainda tem gasolina no tanque – e a sintonia de Allen com Diggs é formidável. São muitos pontos positivos.
2- Los Angeles Rams: Atuais campeões, flertaram com o adeus a Aaron Donald e a Sean McVay. Mas os dois, depois de sentirem o gosto do topo da montanha, voltam para 2022 e, exceto Von Miller e Odell Beckham Jr. (que ainda pode voltar) o elenco é basicamente o mesmo em relação à temporada de 2021. Os Rams apresentam-se como o time a ser batido na NFC West, divisão que carrega mais dúvidas nos outros times não-angelinos e que pode finalmente ter um favorito no papel.
3- Kansas City Chiefs: É verdade que o time perdeu potência ofensiva na troca de Tyreek Hill, mas o saldo final é positivo a meu ver. O corpo de recebedores, contando Travis Kelce, não é ruim. Pelo contrário, há material ali para trabalhar e estou bastante ansioso para ver a sintonia de Patrick Mahomes com o calouro Skyy Moore no slot. Ainda, as adições defensivas foram bastante bem-vindas. A secundária precisava de reforços depois da saída de Charvarius Ware e Trent McDuffie foi uma escolha de muito valor. Cornerback inteligente, pode não ser uma máquina de turnovers mas pode ajudar desde o primeiro dia. Ainda, George Karlaftis não tem o melhor bend do mundo mas é uma boa adição na contenção terrestre, algo que os EDGEs de Kansas City sofreram na temporada passada.
4- Tampa Bay Buccaneers: Volta de Tom Brady mas e de Rob Gronkowski? Até agora nada. O time teve perdas no miolo da linha ofensiva mas a troca por Shaq Mason, que já protegeu Tom Brady antes em sua carreira, é formidável. O time é basicamente o mesmo da equipe que perdeu apenas para o campeão na semifinal da Conferência Nacional e literalmente por uma bola. Chega de novo como competidor. Brady vai cair de produção agora aos 645 anos? Vamos esperar acontecer para falar, qualquer previsão do gênero chegou ao ponto de ser infrutífera. Adicionalmente, pode dar a parecer que a saída de Bruce Arians danificaria as chances do time. Mas gosto muito de Todd Bowles. Então time segue nas cabeças.
5- Green Bay Packers: Sem novela nesta intertemporada, graças a Deus. Rodgers de volta em novo contrato mas… Sem seu fiel escudeiro? Situação parecida com os Chiefs neste caso, mas com a diferença de que os Packers, de acordo com Ian Rapoport, chegaram a oferecer um grande contrato para Davante Adams – que queria de todo jeito jogar nos Raiders com Derek Carr, seu parça de tempos de College Football em Fresno State. Green Bay reforçou a defesa tal como Kansas City na primeira rodada, mas as escolhas tiveram menos valor no agregado – Quay Walker tem atleticismo mas apresenta alguns pontos cru em seu jogo. No geral, porém, os Packers voltam como grandes favoritos na NFC North e um dos candidatos ao título.
6- San Francisco 49ers: A defesa tem uma porção de All-Pros, o jogo terrestre é um dos mais fortes e bem desenhados da NFL. Mas a pecinha entre o center e o running back? Só Deus sabe. Não faltaram boatos nesta intertemporada sobre Trey Lance não estar correspondendo às expectativas da comissão técnica. Prefiro aguardar para formar opinião sobre isso, até porque raramente as coisas vazam em Santa Clara no que diz respeito à diretoria e comissão técnica. O time é forte, mas a posição de quarterback é uma incógnita. Se tudo der certo, o time pode rapidamente subir para a prateleira do top 5. Se tudo der errado, o contrário acontece.
7- Cincinnati Bengals: Talvez um pouco baixo para os atuais campeões da Conferência Americana, mas a verdade é que os Bengals têm tudo para ir bem na próxima temporada. Baixo ou não, antes que exista ira da torcida, note que é o terceiro time da AFC no ranking e o primeiro de sua divisão, a AFC North. Depois dos 70 sacks em Joe Burrow, contando a temporada regular e o Super Bowl, o time se mexeu e fez boas movimentações na linha ofensiva – além da manutenção, ao menos em tese, de Jessie Bates (que, supostamente, não quer assinar a tag).
8- Baltimore Ravens: Saudável, um senhor elenco. Foi justamente o que faltou na temporada passada. Lamar Jackson teve problemas em sua proteção, os running backs machucaram antes mesmo do ano começar, a secundária ficou em pedaços. Em tese, tudo isso remediado – com destaque para um Draft épico que o time fez. O porém: chega algum wide receiver para o lugar de Hollywood Brown?
9- Dallas Cowboys: Sou uma das pessoas que menos confia em todo o planeta Terra no trabalho de Mike McCarthy. Depois de dois anos em Dallas e do fim de festa que foram seus momentos finais em Green Bay, falta credibilidade no trabalho. Para completar, o Draft não foi bom, os rivais da divisão – especialmente os Eagles – foram bem na intertemporada e a distância para eles diminuiu. É bom os Cowboys abrirem os olhos. Para McCarthy, o “oi sumida” de Jerry Jones para um antigo assistente técnico de Dallas[foot]Sean Payton[/foot] está a 17 jogos de acontecer.
10- Denver Broncos: Batemos muito na tecla de que os Broncos tinham um bom elenco e que estavam a um quarterback de competir. Então vamos nessa tendência, porque estão mesmo. E agora têm esse QB em Russell Wilson. Por mais que Wilson venha de sua pior temporada em alguns anos, acredito que tenha sido um ponto fora da curva. Com novos ares, tem tudo para dar certo no Colorado.
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