Vencer o Green Bay Packers na Semana 18 fala muito sobre o Detroit Lions e o momento da equipe. Alguns poderiam pensar que todos os jogos na NFL são iguais e vitórias são iguais em cada jogo. Não trata-se disso, obviamente. Num jogo “pra valer”, foi a primeira vitória dos Lions em Green Bay desde 2019. Esse jogo derradeiro da rodada final da temporada costumava ser, alias, o jogo de descanso de Aaron Rodgers. Foi o jogo de seu pesadelo.
Com 18 vitórias e 7 derrotas contra os Lions até então, Rodgers teve aquela que pode ser uma de suas piores atuações no Lambeau Field como o marco final de sua era no Wisconsin e reinado na NFC North. Que fique ou saia na divisão, mas o panorama não é mais tão amigável para 23. Os Lions mostraram que vieram para ficar. A medida em que as semanas passam, aquele triunfo contra o grande rival e Mufasa-maior dos Lions fica ainda mais importante.
Frise-se, entraram eliminados naquele jogo. Levaram Green Bay junto. Deixaram uma afirmação para o resto da NFL no primeiro Sunday Night Football do time em muito tempo. Agora, chegou a hora de se estocar ainda mais.
Segue a Família Campbell
Confesso que não gostava muito do trabalho do cafeinado Dan Campbell quando de seu início. O time não parecia ter uma identidade tática forte. Geralmente gosto de trabalhos assim, tal como Brian Daboll fez em seu primeiro ano de New York Giants – tirando Daniel Jones do pocket e mostrando mais criatividade com Saquon Barkley. De toda sorte, Cambpell fez o que um CEO/gestor tem que fazer. Escolheu as pessoas certas para cada função e liderou. Ben Johnson, o coordenador ofensivo do time, já foi nesta última intertemporada um dos nomes mais quentes do mercado para assumir o posto de head coach em outra equipe. Falta (va) agora mais peças defensivas, especialmente na secundária
Essas necessidades, aos poucos, vão sendo mitigadas ao passo em que os Lions vão chegando para o centro do palco. De mero figurante no musical, os Lions pretendem cantar uma música ou duas em 23. Prova disso é que o time e sua intertemporada foram objeto de um tweet de Ari Meirov neste domingo depois que a equipe adquiriu um dos 10 melhores free agents desta temporada, Chauncey Gardner-Johnson. Meirov ainda listou outras assinaturas, como o RB David Montgomery e mais reforços para a secundária, como Cameron Sutton e Emmanuel Moseley. Mas, principalmente: ressaltou que Detroit ainda pode fazer mais.
O time tem duas escolhas na primeira rodada, fruto da troca de Matthew Stafford para os Rams. A parte boa é que Los Angeles colapsou nesta temporada, tendo o pior ano de um time defendendo o título. No Draft 23, portanto, a escolha 6 é dos Lions – mais a 23, que já seria sua de qualquer forma. Sendo um pouco Poliana, dá até para dizer que Detroit tem 3 escolhas de primeira rodada em 23, dado que o WR Jameson Williams – primeira rodada no ano passado – teve apenas nove alvos durante toda a temporada dado que se recuperava de lesão sofrida no joelho ainda no college.
É tanto capital que o time pode se dar ao luxo até mesmo de arriscar num quarterback mais cru, dado que Jared Goff fez sua função de maneira bastante digna na temporada passada.
É tanto capital que o time pode se dar ao luxo até mesmo de arriscar num quarterback mais cru, dado que Jared Goff fez sua função de maneira bastante digna na temporada passada. Anthony Richardson e Will Levis podem, claro, ser opções. De toda forma, dependendo de como estiver o board ou de quanto Detroit quiser já estocar peças para o futuro da posição de quarterback, ainda daria para reforçar ainda mais o time. Ou mesmo… Trocar por Lamar Jackson? Ponto é: são muitas, mas muitas possibilidades para os Lions.
Talvez desde o Draft de Matthew Stafford, em 2009, não havia de fato tanto otimismo com Detroit. A diferença é que naquele momento, o time vinha de uma temporada 0-16. Agora, com o perdão do trocadilho, já mostrou as garras e, por que não, pode ser considerado um candidato ao título da NFC North em 23.
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