Ainda que Baker Mayfield não seja o quarterback mais confiável da NFL, todo mundo reconhece a força do Cleveland Browns no ataque: uma das melhores linhas ofensivas da liga – senão a melhor de todas -, uma dupla de running backs sensacional e mesmo Mayfield ganhando alguns jogos no braço quando está inspirado; enfim, esse lado da bola tem o necessário. O que faltava à franquia para sonhar com Super Bowl era apenas uma defesa mais consistente, afinal a AFC é a terra de Patrick Mahomes, Josh Allen e Lamar Jackson.
Cleveland, então, investiu pesado em defensores durante a intertemporada e o resultado já apareceu nas vitórias sobre Chicago Bears e Minnesota Vikings. Na verdade, até a derrota diante do Kansas City Chiefs deixou uma impressão positiva, sobretudo por conta do desempenho da primeira etapa. Sem mais enrolação, vamos ver o que a equipe tem feito de bom até aqui.
Browns podem parar os adversários pelo chão e pelo ar
O trabalho defensivo de Cleveland é bastante sólido contra o passe e a corrida, algo fácil de ser provado através de diversas estatísticas. Por exemplo, o time está no topo em Pass Rush Win Rate (59%), métrica criada pela ESPN norte-americana para avaliar a capacidade dos pass rushers vencerem seus bloqueios em 2,5 segundos ou menos. Individualmente falando, Myles Garrett é o terceiro EDGE da lista, atrás apenas de T.J. Watt e Joey Bosa.
Foi fácil perceber o poderio dos apressadores de passe dos Browns no duelo diante dos Bears. A linha ofensiva de Chicago foi comida viva e cedeu nove sacks. Justin Fields, coitado, terminou o dia com uma jarda aérea de saldo ao somarmos as jardas conseguidas em passe e aquelas perdidas quando foi ao chão. Ademais, no primeiro tempo da semana 1, o front de Cleveland também dominou a linha ofensiva dos Chiefs e colocou Mahomes em apuros, limitando o ataque de Kansas City a apenas 10 pontos.
Contudo, o diferencial dessa defesa é o combate ao jogo corrido. Melhor da liga em DVOA defensivo terrestre e terceiro melhor Run Stop Win Rate (34%), os Browns não deram chances a corredores talentosos como Clyde Edwards-Helaire e Dalvin Cook. O apagamento de Cook (e do reserva Alexander Mattison), aliás, é o que explica a vitória por 14 a 7 sobre os Vikings, donos de um ataque que vinha muito bem até então.





