Todo mundo já sabia dos problemas do Seattle Seahawks, mas ainda assim foi surpreendente ver o que Josh Allen e o ataque do Buffalo Bills fizeram com a defesa da equipe. À parte os 44 pontos sofridos, a maior marca já cedida desde o início da era Pete Carroll em 2010, o mais assustador foi constatar que Seattle não tinha resposta alguma ao plano de jogo do adversário.
Em suma, um Russell Wilson sozinho não faz verão – e isso agora está mais do que provado. O quarterback teve sua parcela de culpa cometendo quatro turnovers, porém mais uma vez a derrota vai para a conta da defesa, que caminha para ser uma das piores de todos os tempos. E sem defesa, como sabemos, uma franquia não vai muito longe quando a temporada começa a afunilar.
Secundária está sendo uma tragédia até aqui
Em um determinado momento da partida, mais precisamente na metade do 3º quarto, Buffalo tinha tentado 35 passes e apenas cinco corridas. Bill Barnwell, analista da ESPN norte-americana, chegou a comentar que o plano de jogo do time na primeira etapa foi o mais “pass-happy” desde 2008 ou talvez até de toda a história. Ou seja, os Bills nem se deram ao trabalho de correr com a bola porque sabiam que venceriam Seattle se só passassem – na prática, acabou mostrando-se verdadeiro.
E qual a resposta de Pete Carroll e do coordenador Ken Norton Jr.? Mandar blitz atrás de blitz, as quais eram constantemente queimadas por Josh Allen com passes rápidos ou scrambles. Tudo bem que os Seahawks sackaram Allen sete vezes, mas isso não o impediu de terminar o dia com 415 jardas aéreas e três touchdowns.
