O Tampa Bay Buccaneers trouxe de volta quase todo o elenco vencedor do Super Bowl, à exceção de Antonio Brown – pelo menos por enquanto. Isso significa que não existem enormes buracos a serem fechados no time pensando em 2021, sendo o atual Draft um meio de conseguir uma ou outra peça sobressalente e de já começar a preparar a substituição de futuras perdas, vide a relação de agentes livres de 2022 ser volumosa.
É uma situação privilegiada e evidencia como o general manager Jason Licht foi brilhante construindo esse plantel ao longo dos últimos anos. Sem enrolação, vamos à lista de cinco possíveis escolhas dos Buccaneers na 32ª posição geral de 2021.
Najee Harris, RB, Alabama
Tampa Bay manteve Ronald Jones II e Leonard Fournette, os titulares da temporada passada, e ainda assinou com Giovani Bernard, então à primeira vista a equipe não precisa de um novo running back. A questão é que todos se tornarão free agents em 2022. Ademais, nenhum dos três é um grande playmaker, aquele cara que realmente faz a diferença enquanto está em campo.
Najee Harris seria um upgrade no jogo terrestre, embora não possua a velocidade de elite desejada para a posição. Muito forte e capaz de fazer estrago correndo e agarrando passes, o prospecto de Alabama é o mais completo da classe, tendo condições de por ora dividir carregadas e no futuro assumir o comando do backfield quando o trio for embora.
Landon Dickerson, iOL, Alabama
Os Buccaneers têm uma das melhores e mais seguras linhas ofensivas da NFL, contudo o center Ryan Jensen e o right guard Alex Cappa atingirão o mercado no ano que vem, logo a franquia deve procurar alternativas caso não consiga (ou não queira) segurar ambos.
Uma opção é Landon Dickerson, outra promessa de Alabama. O jovem tem experiência justamente atuando nas funções de right guard e center, além de ter talento e atributos físicos para jogar em qualquer sistema de bloqueios. O único problema é o seu longo histórico de lesões, o qual lhe custou várias partidas no College Football. Seja como for, Dickerson é uma ótima aposta nessa altura do recrutamento, podendo se beneficiar de um tempo no banco.
Christian Barmore, iDL, Alabama
Christian Barmore é o melhor nome de uma classe pouco animadora de defensive linemen, até por isso está cotado para sair apenas na rabeira da 1ª rodada. Ele seria o projeto de reposição a Ndamukong Suh, iDL de 34 anos de idade e que, adivinhe só, também virará agente livre em 2022.
Barmore é bastante explosivo e veloz, colapsando o pocket pelo meio e agregando valor como pass rusher e run stuffer, a principal diferença entre um iDL selecionado no primeiro ou no terceiro dia do Draft. O prospecto de Alabama (sim, mais um) inicialmente participaria da rotação defensiva com Suh e Vita Vea antes de assumir um papel maior no time.
Liam Eichenberg, OT, Notre Dame
Donovan Smith acabou de renovar por duas temporadas e agora está sob contrato até 2023, mas não é unanimidade – de fato, ele é quase sempre considerado o elo fraco da linha ofensiva. Liam Eichenberg traria concorrência e profundidade à posição de left tackle, além de poder ser lapidado com calma visando a passagem definitiva de bastão daqui a dois ou três anos.
O jovem bloqueador de Notre Dame é mais famoso pela sua força física do que pela sua técnica, porém possui margem de crescimento para se transformar em um competente titular no nível profissional, sobretudo se não for atirado aos leões logo de cara – algo que não ocorreria em Tampa Bay.
Jaelan Phillips, EDGE
Por fim, outro setor passível de receber reforços é o corpo de EDGEs, visto Jason Pierre-Paul e William Gholston estarem no último ano dos seus respectivos vínculos. O coordenador Todd Bowles, o mestre das blitzes, não precisa de muitos EDGEs para gerar pressão no quarterback adversário, entretanto estamos falando de uma posição importante demais para ser negligenciada.
Jaelan Phillips é uma incógnita gigantesca por conta de seus problemas de saúde, chegando inclusive a se aposentar temporariamente do futebol americano universitário. Ainda assim, é um prospecto bastante talentoso em termos físicos e técnicos, o que tende a lhe render um lugar alto no Draft. Quão alto, contudo, depende do conforto das franquias com o seu histórico de lesões.
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