Draft: Packers podem finalmente ajudar Rodgers

Tight end e safety estão entre as principais opções

Todos os anos, as equipes da NFL chegam ao Draft com a perspectiva de trazerem para seus elencos jogadores que façam a diferença, talentos realmente especiais. Na realidade, muitas vezes, são poucos os times que de fato têm esta possibilidade: ou por não terem escolhas elevadas na primeira rodada, onde saem os prospectos mais talentosos e prontos para a NFL, ou por precisarem suprir necessidades básicas do elenco, abrindo mão de jogadores de mais talento para cobrirem buracos em outras posições.

Em 2019, o Green Bay Packers está em uma situação propícia para adquirir talentos reais neste próximo Draft, e isto se dá por dois motivos: primeiramente, a equipe conta com 2 escolhas na primeira rodada, sendo uma delas a escolha número 12, além de 6 escolhas entre as 120 primeiras do Draft. Assim, além de usar suas próprias escolhas elevadas, o time pode ainda utilizar escolhas subsequentes para fazer trocas e subir na ordem, principalmente no segundo dia do Draft.

O segundo motivo é a ótima free agency que a equipe teve. O general manager Brian Gutekunst, ao contratar os EDGE rushers Za’Darius Smith e Preston Smith, o safety Adrian Amos e o guard Billy Turner, supriu as principais necessidades imediatas do elenco dos Packers. Assim, o time pode entrar no Draft buscando apenas os melhores talentos, independente de posição.

Claro que o time ainda tem necessidades a suprir em seu elenco. Reforços na posição de tight end e safety são os mais imediatamente necessários, já que o “projeto Jimmy Graham” parece fadado a ter resultados modestos e que, mesmo com a chegada de Adrian Amos, ainda necessita de um jogador mais capaz de atuar em profundidade. Além disso, adicionar um tackle e wide receivers para o futuro são investimentos importantes. Com dez escolhas no total, os Packers têm ferramentas para serem bastante abrangentes ao longo do Draft.

Quais escolhas o time tem: 12 (1), 30 via New Orleans (1), 44 (2), 75 (3), 114 (4), 118 via Washington (4), 150 (5), 185 (6), 194 via Seattle (6), 226 (7).

Escolhas no top 100: 4 (6 no top 120)

Para analisar mais de perto as possibilidades dos Packers, fizemos um Draft simulado no site Draft Network, com as 10 escolhas da equipe.

Como dissemos acima, o objetivo é acrescentar grandes talentos, mesmo que não sejam as maiores necessidades do elenco. Ed Oliver é exatamente isso: iDL de grande explosão, eficaz no pass rush e na perseguição ao corredor, Oliver seria imediatamente um complemento para a linha defensiva dos Packers. Alternando snaps com Kenny Clark e Mike Daniels, Oliver cairia como uma luva na defesa de Green Bay. Acho pouco provável que ele esteja disponível na décima segunda escolha mas, neste cenário, ele estava lá, tornando a decisão bem fácil.

Na trigésima escolha, uma real necessidade é suprida. Nasir Adderley é o melhor safety da turma de 2019, podendo atuar como um verdadeiro centerfielder, ocupando o terço médio do campo em profundidade.

Já no segundo dia, neste cenário, o momento é de adquirir novas armas para o ataque aéreo. Deebo Samuel é o protótipo do slot receiver moderno, que é capaz de atuar também em profundidade, não apenas em rotas curtas. Já Jace Sternberger é um tight end do tipo flex, muito atlético e veloz nas recepções no meio do campo.

Finalmente, no terceiro dia, é hora de aproveitar as oportunidades. Com Will Grier, os Packers têm a chance de melhorar a situação da posição de quarterback reserva, algo incerta com DeShone Kizer. Além disso, jogadores com potencial como Rodney Anderson e Max Scharping podem trazer valor maior do que o esperado para suas posições de seleção neste cenário.

Primeiro dia: muitas possibilidades, um objetivo

Não importa que seja o escolhido, o objetivo dos Packers no primeiro dia do Draft deve ser o de acrescentar talento. Particularmente com a décima segunda escolha, a equipe deve ter à disposição algum jogador de alto nível. Seja Ed Oliver, ou um pass rusher de velocidade como Brian Burns, ou um dos melhores tackles do Draft (Jonah Williams ou Andre Dillard, por exemplo), a equipe tem que sair desta escolha com alguém capaz de fazer a diferença no elenco.

Na trigésima escolha, as opções também tendem a ser amplas. Além dos melhores safeties possivelmente estarem disponíveis, outros jogadores de linha ofensiva são possibilidades (Dalton Risner, Erik McCoy…), ou até mesmo um tight end (embora seja pouco provável que T.J. Hockenson esteja disponível, e o vejo como o único tight end digno de uma escolha de primeira rodada).

Nos últimos dias, tem corrido um rumor sugerindo que os Packers se interessariam no quarterback Drew Lock caso ele estivesse disponível no final da primeira rodada. Tendo a crer que isso seja mais isca para trocas do que qualquer outra coisa. Mas nunca se sabe…

Segundo dia: o dia mundial do wide receiver

Brincadeiras à parte, o segundo dia do Draft deve ser profícuo em recebedores: há um grande número de opções de qualidade que possivelmente estarão disponíveis para os Packers na segunda ou terceira rodada. Além de Deebo Samuel, selecionado na simulação acima, são boas opções Terry McLaurin, A.J. Brown e Kelvin Harmon.

Outras possibilidades, dependendo das escolhas anteriores, são tight ends e jogadores de linha, tanto defensiva quanto ofensiva. Além de Jace Sternberger, abordado na simulação, outras opções disponíveis na posição de tight end no segundo dia devem ser Dawson Knox e Josh Oliver.

Na linha defensiva, prospectos como Charles Omenihu, Gerald Willis e Khalen Saunders podem ser opções. Já para a linha ofensiva, a situação é mais complicada. Depois dos primeiros 4 ou 5, o nível, especialmente dos tackles, cai bastante. Talvez valha mais a pena usar o terceiro dia para garimpar algum talento escondido, e utilizar as escolhas do segundo dia para alvos mais garantidos.

Possíveis trocas e surpresas

Com 10 escolhas, não dá pra não pensar em trocas. Se for possível transformar algumas das 6 escolhas de terceiro dia em 1 escolha extra de segundo dia, a equipe deve considerar a troca. No primeiro dia, há a possibilidade de subir da trigésima escolha (gastando com isso a escolha de segunda rodada) para garantir um talento melhor. Por exemplo, se o Draft estiver se desenrolando com uma procura elevada por tackles na primeira rodada, pode ser necessário subir para garantir um dos melhores nomes.

Outra possibilidade seria a de descer para a segunda rodada, saindo da posição número 30, e recebendo ainda outra escolha de segundo dia. Ainda assim, é mais provável pensar nos Packers trocando escolhas mais baixas por uma mais alta do que o oposto.

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O interesse dos Packers por Drew Lock (que fez uma visita oficial com o time) levanta a possibilidade de que a equipe possa querer um possível sucessor para Aaron Rodgers. Ainda assim, acho pouco provável. Rodgers acabou de renovar seu contrato e, ao contrário de seu antecessor, Brett Favre, que vivia cogitando a aposentadoria, não parece ter dúvidas sobre querer jogar mais quatro ou cinco anos. Desta forma, investir uma escolha de primeira rodada em um óbvio reserva (por toda a duração de seu contrato de calouro) não me parece uma boa decisão.

Bem… só a partir de quinta-feira é que de fato saberemos.

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