“A melhor banda de todos os tempos da última semana” é o que pode definir a situação dos recebedores chegando no Draft da NFL. Talvez daqui algum tempo tenhamos um efeito-running-back em alguns times, deixando de draftar wide receivers no final da primeira rodada porque eles “dão em árvore” no college atual.
Não que eu veja assim. Um Julio Jones da vida tem mais valor para o Draft, enquanto prospecto, do que um Saquon Barkley saindo do college. Mas fato é que ano após ano a gente ouve que “essa é a melhor classe da posição”. Digo que a deste ano é realmente muito boa, muito profunda. Mas não é a melhor classe.
Não há um Ja’Marr Chase, por exemplo. Você verá algumas discordâncias de “quem é o primeiro prospecto” da classe. Eu, por exemplo, vou de Garrrett Wilson (Ohio State). O Deivis, em seu top 5, colocou outro nome. Natural que essa classe tenha nomes distintos. É realmente subjetivo, porque não há um prospecto dominante neste ano.
Não que ela não seja boa, não me entenda mal. Há prospectos para todos os gostos nesta classe de 2022. Times com carência na posição tem muitas alternativas e os wide receivers deve sair depois da 9ª escolha e devem sair à rodo durante o resto da primeira rodada e muito na segunda. Essas equipes ainda têm mais uma saída via Free Agency: Odell Beckham Jr., Jarvis Landry e Julio Jones, voltando a ele, mas numa versão showbol, ainda estão disponíveis no mercado. De toda forma, Packers, Patriots e Chiefs são três times cuja tendência é sair com um recebedor deste Draft.
Enfim, sem mais delongas, como diriam na apuração do carnaval, vamos às notas. Ou melhor, aos nomes
A dupla dinâmica de Ohio State
Garrett Wilson e Chris Olave (Ohio State) são nomes que certamente aparecerão na primeira rodada do Draft. Há vários rumores de Olave em Washington, equipe que já conta com um recebedor oriundo de Columbus, Terry McLaurin. Wilson é o melhor deles e como dito, o melhor da classe para mim. Com bom trabalho nas quebras de rotas, inteligência lendo a defesa e muita vontade após a recepção, é um prospecto de primeira rodada – embora não seja o cara “generacional”. Como pontos negativos, a necessidade de ganhar massa magra para a NFL e ele não ser uma máquina de produção vertical. A separação contra press coverage, que deve ser mais requisitada na NFL, pode ser um problema também – especialmente se ele não reduzir as “sambadinhas” no início da jogada.
