Draft: Giants buscarão o substituto de Eli Manning?

[dropcap size=big]S[/dropcap]em disputar o Super Bowl há sete anos, quando venceu o New England Patriots, o New York Giants tem no Draft deste dia 26 a grande chance de tentar acabar com este jejum. A equipe vem de uma temporada decepcionante onde praticamente tudo o que podia dar errado, deu: Eli Manning humilhado por Ben McAdoo, lesões à rodo e a defesa com jogadores suspensos.

Até aqui, a franquia aparece pouco cotada para um título da NFL, dando R$ 50,00 para R$ 1,00, segundo dados do Oddsshark.com. Como tem a segunda escolha geral do Draft, esse panorama mudar ao recrutar uma grande promessa; Apesar de ter muitas carências, o time está entre o quarterback Josh Rosen e o running back Saquon Barkley.

Não seria exagero dizer que depois do Cleveland Browns, o New York Giants é um dos mais bem servidos neste Draft. Além de contar com a pick 2 do primeiro round, ainda tem a 34 (round 2), 66, 69 (round 3), 108 (round 4) e 139 (round 5). Todas podendo render boas peças para uma equipe que tenta retornar aos playoffs.

Troca é possível?

Até o dia do evento, o New York Giants terá um excelente trunfo nas mãos. Caso prefira, a franquia pode muito bem negociar sua segunda escolha com outra equipe e com isso até mesmo assinar com um nome mais experiente. Interessados nisso não faltam, como o Buffalo Bills. Com o “conterrâneo” do Estado de Nova York, é grande a chance dos Giants terem em troca múltiplas escolhas.

O Eduardo Miceli já escreveu extensamente sobre aqui sobre essa possibilidade de troca, vale a leitura.

Como será o segundo a selecionar, o New York Giants basicamente precisa ter apenas dois nomes em mente, para caso um destes pinte no Cleveland Browns. Sendo assim, a franquia restringe sua atenção em Saquon Barkley e Josh Rosen. Barkley é um dos mais cotados para ser a primeira escolha e ir para o Draft. De acordo com estatísticas do Oddsshark.com, se isso acontecer o retorno é de R$ 2,50 para cada real. O único que aparece na frente dele é Sam Darnold, rendendo R$ 1,40 para R$ 1,00, o que o coloca mais perto de New York.

Com um excelente desempenho no College, o running back correu 3843 jardas e anotou 43 touchdowns em três temporadas. Seu rendimento fez com que fosse cogitado para o prêmio Heisman, mas as derrotas para Ohio State e Michigan State e a excelente temporada estatística de Baker Mayfield o afastaram do feito. Ainda assim, tem condições de fazer a diferença na NFL. Desta forma, por mais que a expectativa é que ele sobre para a pick 2, os Giants precisam ter um plano B na mão.

Josh, inclusive, é aguardado na NFL desde o início de sua carreira universitária, pois arrebentou no seu ano de calouro no College, em 2015, com 3669 jardas e 23 touchdowns. As lesões em 2016 atrapalharam um pouco a trajetória, mas em 2017 ele voltou a arrebentar, com 3717 jardas e 26 touchdowns. Caso seja selecionado, pode ser lapidado para herdar a posição de Eli Manning.

Ainda, há uma terceira possibilidade por conta da saída de Jason Pierre-Paul: Bradley Chubb é o melhor pass rusher dentre os prospectos deste Draft – e certamente estará disponível na segunda escolha. Outro bom prospecto disponível seria Quenton Nelson – uma adição bem-vinda à péssima linha ofensiva dos Giants. Contudo, seu valor posicional (ele é um guard, no final das contas) torna a escolha mais improvável para uma #2.

Restante do Draft

Preferindo negociar sua segunda escolha, o New York Giants terá que buscar outras peças e já existem algumas no radar. Caso permaneça no Top 10, a escolha de Quenton Nelson faria sentido – na segunda, muito alto; depois, faz sentido. O offensive guard é tratado como um futuro talento desde o ensino médio e se destaca por ser extremamente confiável em proteção de passe. Sua aquisição aumentaria a qualidade ofensiva da franquia e ajudaria a impedir que Eli Manning vire uma pinhata como fora ano passado.

Caso fique apenas com o bloco intermediário ou final quem aparece no rodar são Marcus Davenport e Kolton Miller. O primeiro tem como função pressionar o quarterback adversário e é sondado por muitas franquias como segundo pass rusher do Draft, pode não estar disponível para a seleção dos Giants, caso não tenha direito a uma das 20 escolhas iniciais. O segundo certamente deve estar disponível. Miller protegeu Josh Rosen em UCLA e é um dos melhores tackles da classe – Mike McClinghey, de Notre Dame, é o principal nome dentre os offensive tackles e pode ter saído na segunda escolha que originalmente é do Buffalo Bills (e que viria numa eventual troca, a #22). Seria um reach, mas a necessidade de proteger Eli e melhorar as trincheiras para as corridas é enorme.

Para o segundo dia, dois nomes apresentam-se como fortes candidatos. Lorenzo Carter, companheiro de Roquan Smith em Georgia, está sob o radar e pode reforçar o fraco corpo de linebackers de Nova York. Embora Alec Ogletree tenha chegado via troca, os Giants precisam de peças no edge para o novo sistema de James Bettcher. Carter, veloz e explosivo, seria uma boa adição.

Na terceira rodada, caso os Giants não escolham Saquon, há muita profundidade de talento na posição de running back. Royce Freeman, RB de Oregon, pode ser um dos nomes. Ele, inclusive, pode cair para o topo da quarta rodada por conta dessa profundidade de talento – e seria uma adição sólida, dado que os Giants precisam de um corredor mais físico para compensar a péssima linha que têm.

O Draft ocorre nos dias 26, 27 e 28 de abril em Dallas, TX. Para o Brasil, o evento tem transmissão da ESPN + na quinta (1ª rodada, 21h) e sexta (2ª e 3ª rodada).

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