Num primeiro momento, parece que o saldo fica todo com os Eagles e que os Saints fizeram lambança. Mas é um dos raros movimentos que, a princípio, podemos dizer que é positivo para os dois lados.
Termos da troca[foot]via Adam Schefter:[/foot]
- Philadelphia fica com a 18 (1) deste ano, 101 (3) deste ano, 237 (7) deste ano, 1ª rodada de 2023 e 2ª rodada de 2024.
- New Orleans fica com a 16 (1) deste ano, 19 (1) deste ano e a 194 (6) deste ano.
Compensou para os dois lados?
Como dito, um dos poucos casos que sim, compensou. Vamos pensar juntos um time de cada vez.
Philadelphia tinha três escolhas na primeira rodada. Esse tipo de capital de Draft costuma ser (muito) útil para conseguir bons quarterbacks no recrutamento. O problema é que esse é o grande ponto do Draft 2022: não há bons quarterbacks. Nenhum deles, honestamente, seria uma melhora de curto e se bobear até de médio prazo em relação ao que eles já têm agora: Jalen Hurts.
Ter mais capital de Draft no ano que vem, quando a classe é melhor na posição, faz mais sentido. Com essa escolha a mais que os Eagles têm em 2023, podem com mais tranquilidade ir atrás de C.J. Stroud (Ohio State) ou Bryce Young (Alabama), já consideravelmente melhores do que qualquer prospecto da posição de quarterback da classe atual. Ademais, Howie Roseman ainda tem uma escolha alta de primeira rodada neste Draft, a #18 – nela, ainda poderia suprir uma carência dos Eagles, dado que a classe de wide receiver é bastante profunda em talento. Se quiser arriscar antes, ainda tem a #15 também (via Miami).
No lado de New Orleans, há vários pontos de vista possíveis para justificar a troca. O primeiro é que os Saints “pulam” o Los Angeles Chargers, indo da #18 para a #16, como dito por Mina Kimes no twitter. Chargers e Saints têm semelhanças nas carências posicionais antes do Draft, com destaque para offensive tackle. Há outra visão possível também: New Orleans acumular capital de Draft para subir ao top 10, possivelmente pulando Carolina e Atlanta… Para pegar um quarterback.
Os Saints têm em Jameis Winston uma solução para agora e até por conta disso faria sentido essa lógica – enquanto Winston é o titular, alguém com mais potencial como Malik Willis poderia ser lapidado (e olha, precisaria de uns dois anos se bobear).
Essa questão de quarterback, claro, é um tiro mais pra frente. Pode simplesmente ser que New Orleans queira pular os Chargers por um OT/WR. Pega uma das posições e a que sobrar pega na segunda escolha de primeira rodada que têm agora. Assim, têm duas carências supridas para o agora e em contrato de calouro. Se encaixarem e a defesa não cair de produção após o sólido 2021, os Saints têm uma boa chance de pós-temporada na NFC.
