5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Nesta semana, o destaque fica por conta dos problemas que Carson Wentz vem mostrando no comando do Philadelphia Eagles. Além disso, a negligência do Cincinnati Bengals que custou a lesão de Joe Burrow e as falhas da defesa do Green Bay Packers também são assuntos.
1. É hora dos Eagles pensarem numa alternativa para a posição de quarterback.
Semana passada critiquei Doug Pederson por seus planos de jogos ruins e por decisões questionáveis na montagem do elenco do Philadelphia Eagles. Pois bem, o time passa por aqui novamente nessa semana e agora o motivo é o quarterback Carson Wentz. Por mais que ele não tenha uma grande linha ofensiva ao seu redor, atuações como a do jogo contra o Cleveland Browns são desanimadoras: foram diversos passes sem sentido, inclusive um com o pocket quebrado e que virou uma interceptação retornada para touchdown.
Wentz inclusive lidera a liga no quesito, com 14. São seis partidas com mais de uma interceptação lançada. É hora de os Eagles pensarem num plano B, pois o Wentz que brigava pelo MVP em 2017 não parece existir mais.
2. Deshaun Watson merece muito mais amor
A verdade é que ninguém além do torcedor do Houston Texans liga para o time em 2020. Após um começo de temporada desastroso, que culminou na demissão do treinador e general manager Bill O’Brien, ninguém mais prestou atenção. O fato da defesa ser um queijo suíço minou qualquer chance de reação e os Texans ficaram no limbo da temporada. Isso por vezes nos faz esquecer quão bom é Deshaun Watson.
Mas uma atuação de gala como a deste domingo contra o New England Patriots não pode ficar relegada a segundo plano: Watson foi sublime, controlando a partida toda e nos lembrando que é um dos melhores da NFL.
3. Os Bengals não seguiram uma regra de ouro: proteger seu bem mais valioso
Não é de hoje que o Cincinnati Bengals vinha brincando com a sorte. Afinal, quando se drafta um quarterback na primeira escolha geral do Draft, como Joe Burrow, sua obrigação é lhe proteger. Não foi isso que o time comandado por Zac Taylor fez: até algumas contratações paliativas como Quinton Spain, mas nada que garantisse uma linha ofensiva de qualidade para o novato, que semana após semana vinha jogando por sua vida. A receita da tragédia teve seu resultado previsto: ao sofrer uma pancada de Jonathan Allen no jogo contra Washington, Burrow rompeu os ligamentos do joelho e só retornará no ano que vem.
4. A defesa dos Packers pode colocar a temporada no buraco
É impossível não responsabilizar o coordenador defensivo Mike Pettine pela derrota do Green Bay Packers contra o Indianapolis Colts. O jogo corrido dos Colts entrou como quis, em especial na segunda etapa. O excesso de coberturas soft e apenas três homens sendo enviados na pressão facilitaram a vida de Philip Rivers e de seus recebedores, que tinham espaço para ganhar jardas extras após terem a posse da bola. Mas não é como se isso fosse uma novidade: os problemas tem sido recorrentes no lado defensivo da bola e se não forem corrigidos podem levar o time para o buraco na reta final da temporada.
5. Carlos Dunlap foi um achado do Seattle Seahawks
Pouco antes de o período de trocas ser fechado, o Seattle Seahawks fez um movimento que não recebeu a devida atenção: enviou uma sétima rodada do próximo Draft e mais o center B.J. Finney para o Cincinnati Bengals, recebendo em troca o veterano EDGE Carlos Dunlap, que vinha sendo pouco aproveitado. Foi o suficiente para que o combalido pass rush do time comandado por Pete Carroll desse um salto de qualidade. Antes da chegada de Dunlap a equipe tinha 12 sacks no ano.
Já nas últimas três partidas foram 13, com participação direta do recém-chegado: ele já tem 3,5 sacks, inclusive o que definiu a vitória contra o Arizona Cardinals nesta semana, numa quarta descida no último drive.
