Eagles brilham no Draft e saem ainda mais favoritos na NFC

Franquia da Philadelphia já tinha um elenco acima da média e com ótimo recrutamento, são novamente fortes candidatos ao Super Bowl

Algo que precisa ser mais valorizado na NFL são times que conseguem fazer de sua cultura algo importante ao ponto de se reconstruírem rapidamente. Dou como exemplo Pittsburgh Steelers e Baltimore Ravens: podem não estar vencendo títulos – e uma pitada de ousadia em alguns momentos faria bem para as duas -, mas mesmo quando sofrem reveses em uma temporada, logo conseguem se reestruturar, voltando aos trilhos. Parece que todo mundo dentro da franquia está sempre na mesma página.

Contudo, ninguém faz um trabalho melhor nesse ponto nos últimos anos que o Philadelphia Eagles, capitaneado pelo general manager Howie Roseman. Após vencer o Super Bowl em 2017, a franquia entrou em colapso, mas medidas enérgicas foram tomadas: Carson Wentz foi trocado e Doug Pederson demitido no fim de 2020. Duas temporadas depois, a franquia estava de volta ao Super Bowl e só não venceu por enfrentar um “tal de” Patrick Mahomes. Como se não bastasse, o Draft de 2023 foi espetacular e deixa o time ainda mais favorito na NFC.

Quem pode, se dá ao luxo

A primeira rodada dos Eagles trouxe dois jogadores que tem seus pontos de risco, mas cujo retorno pode ser espetacular. Primeiro, o time subiu da escolha 10 para 9 – uma pick que era originalmente do New Orleans Saints, ganha numa troca no Draft de 2022 – e selecionou Jalen Carter, o melhor jogador da classe. Com diversas dúvidas sobre seu extracampo, ele cai numa unidade perfeita para ele: veteranos como Fletcher Cox e Brandon Graham são exemplos de liderança na unidade e podem ajudar no seu desenvolvimento.

Além disso, Jordan Davis, com quem Carter fez dupla mortal na universidade de Georgia, está lá e pode ajudar na ambientação. Mantendo a cabeça no lugar, Carter tem potencial para ser um All-Pro rapidamente, deixando uma unidade já acima da média ainda mais dominante. Para deixar ainda melhor, Nolan Smith – que também vem de Georgia e perdeu grande parte de 2022 por uma lesão no peitoral – chega para ajudar no pass rush. Explosivo e com grande capacidade de contornar o arco, é peça interessante num grupo que já conta com Graham, Haason Reddick e Josh Sweat.

Sangue novo pro fundão

Uma das perdas que o torcedor mais lamentou na intertemporada, foi a de Chauncey Gardner-Johnson. O híbrido de safety e cornerback teve um 2022 esplendoroso, liderando o time em interceptações, mas no mercado, acabou assinando com o Detroit Lions. Todavia, Howie não dorme de touca e trouxe no dia 3 do Draft o substituto: Sydney Brown é um jogador com características parecidas: foram 6 interceptações no último ano. Acostumado a transitar pelo campo todo, deve ocupar um espaço importante rapidamente.

Já o corpo de cornerbacks ganhou sangue novo. Se na free agency, Roseman surpreendeu ao renovar com os dois veteranos James Bradberry e Darius Slay, agora ele trouxe um jovem capaz de evoluir e se tornar peça importante no futuro. Kelee Ringo tem apenas 20 anos e alguns problemas de maturidade, além de uma lesão no ombro, o derrubaram até a quarta rodada. Contudo, talento não falta e o potencial de se tornar um titular em 2024 é grande.

Se antes desse Draft, os Eagles já eram favoritos na NFC, após o recrutamento, o favoritismo só aumentou: quem quiser ganhar de Philadelphia, terá que suar muito.

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