Tem um ditado que diz que todo dia de manhã, saem de casa um malandro e um otário: quando eles se encontram, um negócio será feito. Desta vez, New York Giants e Carolina Panthers ocuparam os respectivos papeis citados anteriormente. Por uma escolha de segunda rodada (39) e uma de quinta do Draft de 2025, a franquia da Big Apple conseguiu o edge Brian Burns. Logo em seguida aconteceu a renovação, algo que emperrou sua manutenção em Carolina. Os valores não foram nada módicos: US$ 141 milhões por 5 anos – média de 28,2 – sendo destes 87 garantidos.
É engolir o choro
Costumo dizer que franquias não passam por longos limbos por acaso. Esse é o caso do Carolina Panthers, que coleciona decisões ruins após o Super Bowl 50. David Tepper, dono da franquia, vive metendo o bedelho onde não deveria e trazendo problemas. No caso Burns, não foi diferente: quando o time recebeu uma mega oferta em 2022 do Los Angeles Rams pelo jogador, que incluía múltiplas primeiras rodadas do Draft, ele proibiu a troca. Meses depois demitiu o general manager Scott Fitterer (fraco, frise-se) e promoveu Dan Morgan, seu assistente, para função.
O novo GM já chegou com essa bucha no colo e não teve muito o que fazer: para Carolina, pagar caro por Burns não fazia sentido nesse momento, visto que o time está longe de disputar algo. Existem rumores inclusive que o jogador queria mais do que recebeu em NY, algo na casa dos 30 milhões. Não restaram alternativas além da tag e aceitar a troca. É evidente que o valor foi abaixo do que deveria ser, mas três fatores pesaram:
- Burns vem de sua temporada mais fraca, com apenas 7 sacks
- Era preciso renovar em seguida, e isso diminui a oferta
- Todo mundo sabia que Carolina queria vender, o que tira poder de barganha
Agora é seguir em frente.
Tacada de mestre
Ano passado os Giants trocaram com o Seattle Seahawks o superestimado Leonard Williams. O preço? Uma segunda e uma quinta rodada. Dá para dizer tranquilamente que Joe Schoen, GM dos Giants, transformou Williams em Burns e sem sombra de dúvidas isso é um baita negócio. Por mais que a renovação tenha sido um pouco salgada, os Giants tem agora um pass rusher ainda jovem e com capacidade para ter mais de 10 sacks num ano, em especial jogando ao lado de Dexter Lawrence e Kayvon Thibodeaux.
Vale lembrar que os Giants trocaram de coordenador defensivo: saiu Don Martindale e suas milhares de blitzes, para a chegada de Shane Bowen, dono de um estilo mais conservador em pressão. Com ele, apressar o quarterback com quatro homens é fundamental e adição de Burns ganha ainda mais valor.
E assim segue a roda da NFL. Já diria Marcelo D2: “enquanto uns choram, outros vêm e os devoram”.
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