No dia 03 de agosto, os indicados para a classe do Hall da Fama serão imortalizados em Canton. Nesta semana, o Pro Football aproveita para relembrar a carreira de lendas que marcaram a história da NFL.
O Hall da Fama corrigiu em 2024 uma senhora injustiça que vinha cometendo com a história da liga. A eleição de Devin Hester chega com alguns anos de atraso: ele é, sem dúvidas, o melhor retornador da história da liga. O fato de Hester não ter sido eleito era uma demonstração do Hall da Fama dizer que special teams não importam, mas o mais importante é corrigir o erro.
Hester nunca foi um grande destaque como wide receiver, sua principal posição na liga, e nem mesmo como cornerback, onde originalmente foi draftado para atuar. Ao longo de uma carreira que durou de 2006 até 2016, ele acumulou pouco mais de 3.300 jardas e 16 touchdowns recebendo passes de um quarterback em Chicago, Atlanta e Baltimore.
Onde ele realmente fazia a diferença era em retornar chutes: ele é o recordista geral de mais chutes (contando kickoffs e punts) retornados para touchdown em todos os tempos (20) e também lidera a lista de mais punts retornados para touchdowns, com 14. No seu ano de calouro, o Chicago Bears chegou ao Super Bowl. A primeira jogada da partida? Um retorno de kickoff para touchdown de Hester – embora os Bears fossem sair derrotados daquele confronto.
É possível observar que existe uma queda sensível nos números de Hester depois de seus dois primeiros anos. A razão é simples e óbvia: os times pararam de chutar a bola para ele e tiraram suas chances de retorno. Com menos oportunidades, o volume absoluto também caiu, mas não havia qualquer dúvida de que ele era a grande ameaça da posição em termos de retornador, sempre deixando o ataque em boas posições de campo.
A eleição de Hester é importante porque ele foi o melhor retornador que a NFL já viu – ponto. Os números impressionam, mas não é como se ele tivesse atuado nas CNTPs ao longo da carreira para que eles fossem ainda maiores. Uma defesa não pode impedir um quarterback adversário de passar a bola; um time pode impedir o retornador adversário de retornar um chute.
A definição de Hall da Fama do esporte pode ser distinta para alguns. No meu caso, acredito que o Hall deva privilegiar sempre a eleição de jogadores dominantes e de altíssimo nível ao invés de abrir caminhos para aqueles que marcaram história sem dominância. Hester, o melhor retornador que a NFL já viu, certamente é digno de habitar a primeira categoria – e mais importante, abre espaço para outros jogadores que também merecem, como Cordarrelle Patterson, serem eleitos ao Hall como retornadores.
Special teams importam. O melhor retornador da história é digno da jaqueta dourada.
Outros perfis de jogadores eleitos ao Hall da Fama:
Especial Hall of Fame: Julius Peppers, o mestre dos sacks
Especial Hall of Fame: Quem foi Andre Johnson?
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