Na última quinta-feira (01/08), houve a abertura da temporada da NFL com a partida conhecida como “Hall of Fame Game”, disputada por Denver Broncos e Atlanta Falcons. Por que os dois times? Porque ambos possuíram jogadores de sua história selecionados para integrar o Hall da Fama da liga, vestindo a famosa jaqueta dourada. Do lado dos Broncos, o histórico cornerback Champ Bailey; do lado dos Falcons, o revolucionário tight end Tony Gonzalez. Sobre este, falarei brevemente no texto de hoje em uma vã tentativa de representar sua importância para a história da liga.
Nascido no estado da Califórnia, Tony passou seu período escolar e universitário na localidade. Durante seus anos na Universidade da Califórnia, dividiu-se entre o futebol americano e o basquete; chegada a hora da escolha, decidiu-se pelo esporte da bola oval e declarou-se para o Draft de 1997 – onde foi escolhido pelo Kansas City Chiefs com a 13ª escolha geral. Vale lembrar, e isso é importante para o resto do texto, que Gonzalez era um bom jogador de basquete – tanto que chegou a jogar no March Madness, o torneio universitário nacional.
Em seus dois primeiros anos no Missouri, Gonzalez teve números modestos e bons momentos, mas não havia ao seu redor a aura de um jogador que ficaria marcado para a história. A partir de 1999, entretanto, isso começa a mudar de patamar. No último ano do século XX, os indícios de seu brilhante futuro começam a ser instaurados e por três anos consecutivos o tight end foi selecionado ao Pro Bowl e ao First Team All-Pro. Aliás, de Pro Bowl Gonzalez entende bem, pois ele detém o recorde de seleções ao evento com 14 nomeações, empatado com lendas como Tom Brady e Peyton Manning.
A revolução na posição
Durante suas 12 temporadas com os Chiefs, Gonzalez conquistou quase 11 mil jardas aéreas e revolucionou a maneira de atuar na posição. Sim, ele era um bom bloqueador para o jogo terrestre – a principal característica de tight ends na época – e uma prova disso é sua presença e importância nas marcantes temporadas de Priest Holmes entre 2001 e 2003. Sua principal habilidade, contudo, era recebendo passes; seja alinhado ao lado da linha ofensiva, no slot ou nas extremidades, como um wide receiver número 1. Indiscutível que o histórico no basquete ajudou.
Gonzalez não foi o primeiro da posição na história a se destacar pelo jogo aéreo, mas a sua habilidade em fazê-lo e a fluidez com que executava cada movimento tornaram-se revolucionários para a posição, pois essa “arma-secreta” destruía defesas ano após ano. Coloque um linebacker para marcá-lo e ele será mais veloz; coloque um safety ou um cornerback e ele será mais forte e alto – tal qual Rob Gronkowski fez nos últimos anos. Tony era um fenômeno no jogo aéreo e não havia um sistema capaz de pará-lo, principalmente por não ter acontecido algo assim anteriormente.




