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Fama, talento e Taylor: como Kelce cresceu na hora H

O histórico tight end fez uma temporada regular muito abaixo de seu talento, levantando questionamentos sobre seu futuro para com o jogo. Nos playoffs, todavia, tudo mudou. Kelce mostrou o motivo pelo qual nasceu para o estrelato.

A fama é uma faca de dois gumes. Da mesma forma que te eleva, te esmaga. Travis Kelce foi atingido por esse furacão e quase se perdeu. Ao anunciar seu relacionamento com Taylor Swift, o tight end do Kansas City Chiefs viu inúmeros holofotes serem virados para si. A NFL, com seu marketing implacável, também se aproveitou. Só faltou combinar com o atleta o rendimento dentro de campo.

Kelce viveu sofrimentos inéditos em 2023. Não atingiu 1000 jardas recebidas – feito que não acontecia desde 2015 -, teve sua pior marca de touchdowns recebidos (5) desde 2019, além de ter passado as últimas seis partidas da temporada regular sem anotar uma pontuação ou passar 100 jardas aéreas. Quando sua exposição esteve no máximo, seu desempenho não acompanhou.

Até que o momento mais importante do ano chegou e Kelce, enfim, debutou. Na pós-temporada, ele demonstrou todo talento que conhecemos e nos fez lembrar de sua conexão imparável com Patrick Mahomes. Quando chegou a hora H, Travis apareceu. A Love Story aconteceu.

Grandes jogadores vivem de grandes palcos 

Não foi uma temporada fácil para os Chiefs de maneira geral. O ataque, especialmente, sofreu muito com as mudanças. Kelce era o único alvo confiável de um grupo de recebedores que nunca chegou a empolgar. Mesmo em seu ano abaixo, ele foi o líder da equipe em jardas recebidas (984), com Rashee Rice (938) logo atrás e nenhum outro nome passando das 500 jardas. Mahomes fez, mesmo, muito com pouco.

Os grandes jogadores, porém, foram feitos para os grandes momentos. Kelce passou da água para o vinho – atingiu seu State of Grace – quando a equipe precisou dele. Passou de 70 jardas em todos os confrontos, foi essencial nos confrontos da AFC contra Buffalo Bills e Baltimore Ravens e demonstrou como sua química com Mahomes nunca esteve enferrujada.

Faltava ainda, contudo, o principal palco. E, como em seu ano, o início foi preocupante. Kelce deixou o primeiro tempo do Super Bowl com uma mísera recepção para uma jarda. Seu momento mais impactante da primeira meia hora foi o empurrão em Andy Reid, no qual deixou registrada toda sua frustração, pois mal estava sendo usado no plano ofensivo da equipe. O placar, naquele momento, marcava 10 a 3 para o San Francisco 49ers e o ataque de Kansas City não conseguia encontrar uma saída.

Então, a chave virou para a equipe e, com ela, Travis conseguiu o que queria: ser acionado para decidir o jogo. Foram oito recepções e 92 jardas no segundo quarto e prorrogação, com recepções em terceiras descidas longas, no drive do empate nos dois minutos finais do tempo regulamentar e na campanha derradeira que levou ao touchdown da vitória.

Felicidade, explosão, troféu, o beijo do amor. Agora sim, os holofotes valeram a pena. Em um ano no qual passou por dificuldades que não sentia há anos, Kelce provou a todos o motivo pelo qual é um dos maiores da história em sua posição e porque é tão fundamental para o funcionamento da equipe de Kansas City.

Grandes jogadores vivem para esses momentos e para conseguirem se reerguer quando estão em buracos que parecem fundos demais. Quando não parecia haver luz no fim do túnel, ele foi um dos responsáveis por iluminar o caminho. Uma história para ser escrita em sua futura biografia. You remember it, All Too Well. 

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