Fim da trade deadline na NFL: quem saiu e quem chegou em cada time

Ontem foi o último dia de trocas na temporada 2024 e, no meio de tanta movimentação, é normal ficar perdido. Resumimos aqui as principais que ocorreram nessas últimas 24 horas.

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Ficou perdido e não acompanhou a reta final da trade deadline? Não se preocupe: ou como diria Chapolin, não priemos cânico! Separamos aqui as principais trocas que ocorreram até as 18 horas de ontem (05/11). Antes, um adendo: sobre o trade de Marshon Lattimore, o Betinho já escreveu um texto à parte ainda ontem. Diante dos avisos, sebo nas canelas.

1) Jonathan Mingo: Carolina Panthers -> Dallas Cowboys

Todo dia um malandro e um otário saem de casa: para a surpresa do torcedor de Carolina, o malandro dessa história foi o Carolina Panthers. O time trocou o wide receiver e uma escolha de sétima rodada do Draft do ano que vem por uma de quarta rodada. É isso aí que você leu: Dallas enviou uma pick de 4° rodada por um recebedor que, em dois anos de NFL, tem 539 jardas recebidas e nenhum touchdown. O inferno astral do torcedor dos Cowboys segue firme e forte. Já para os Panthers, o trade é ótima para acumular capital de Draft e ter mais opções de reconstruir o time.

2) Mike Williams: New York Jets -> Pittsburgh Steelers

Duas semanas atrás, comentei que Mike Williams perderia espaço no grande churrascão do Aaron Rodgers – quer dizer, nos Jets. Não deu outra: o wide receiver foi trocado por uma pick de quinta rodada para o Pittsburgh Steelers. O valor foi um pouco salgado, pois além da escolha de Draft, Pittsburgh vai absorver o contrato do jogador, que será free agent ano que vem. Apesar disso, o movimento é válido: o WR2 desse time era Van Jefferson e Williams ainda tem um pouco de gasolina no tanque. Ele pode não ser o recebedor mais consistente, porém é um bom alvo em profundidade como George Pickens. Para os Jets, recupera um pouco de capital de draft após o trade por Davante Adams.

3) Preston Smith: Green Bay Packers -> Pittsburgh Steelers

Omar Khan ontem aproveitou todas as promoções do Aniversário Guanabara e comprou o máximo de sabonetes Dove que conseguiu. Traduzindo do dialeto carioquês: o general manager dos Steelers não dormiu no ponto e foi às compras. Para além de Mike Williams, o outro movimento importante da franquia foi o trade por Preston Smith. Embora tenha uma idade já mais avançada (32 anos) e não esteja no seu auge há algum tempo, o EDGE traz consigo a experiência e também uma profundidade necessária ao pass rush já excelente. T.J. Watt sorri de orelha a orelha.

4) Za’Darius Smith: Cleveland Browns -> Detroit Lions

É curioso, especialmente para os torcedores dos Packers, ver os Smith Brothers sendo trocados no mesmo dia – e no caso de Za’Darius Smith, trocado ainda para um rival de divisão. Detroit conseguiu se virar bem depois que Aidan Hutchinson quebrou a perna, contudo ninguém no front tem mais de 2,5 sacks. Em comparação, Hutchinson tem 7,5 sacks e está no top-5 da liga mesmo lesionado. Za’Darius Smith pode não estar mais no seu auge, mas tem gasolina de sobra no tanque e pode mitigar um pouco a carência nesse pass rush.

5) Khalil Herbert: Chicago Bears -> Cincinnati Bengals

Comentei na semana passada que Mike Brown poderia tirar o escorpião do bolso e dar mais opções para Joe Burrow, principalmente melhorando esse backfield que não faz cosquinha nem em bebê recém-nascido. Dito e feito: o time foi atrás de um running back sólido e melhor do que as opções que tinha. Khalil Herbert perdeu espaço em Chicago e vai encontrar em Cincinnati exatamente isso: vale lembrar também que Zack Moss está fora da temporada. Ele não é o cara que vai carregar o piano, mas é um bom complemento a Chase Brown e mais: é uma grata ajuda no jogo aéreo, aliviando o fardo de Ja’Maar Chase, Tee Higgins e amigos.

6) Baron Browning: Denver Broncos -> Arizona Cardinals, Khalil Davis: Houston Texans -> San Francisco 49ers e Tre’Davious White: Los Angeles Rams -> Baltimore Ravens

Juntei essas últimas três trocas porque todas elas tiveram o mesmo objetivo: profundidade de elenco à preço de banana. San Francisco precisava de um defensive tackle pós-lesão de Javon Hargrave e conseguiu um valor justo em Khalil Davis – que está longe de ter o mesmo impacto que o primeiro, mas dá para o gasto. A defesa de Arizona é uma das que menos pressiona quarterbacks na liga (29,3%) e, caso consiga ficar saudável, Baron Browning pode virar um jogador interessante para o front. Por fim, Baltimore trocou uma escolha de sétima rodada por Tre’Davious White: vai receber um cornerback experiente e que, se não render, pode cortar com facilidade.

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