Ramsey chegou: Dolphins não estão pra brincadeira

Com a chegada de Vic Fangio para coordenar a unidade defensiva, vinda de Ramsey faz todo sentido e prova mudança estrutural

Onde tem fumaça, tem fogo: o ditado é velho, mas a troca de Jalen Ramsey para o Miami Dolphins provou que é verdade. O cornerback – 3 vezes All-Pro e vencedor do Super Bowl pelo Los Angeles Rams – agora vai para Florida, para jogador sob o comando de Vic Fangio, contratado pelos Dolphins esse ano para coordenar a defesa. Já a franquia de Sean McVay agora segue seu processo de reestruturação, algo esperado após gastar bastante em 2021 para conquistar o título.

O preço por Ramsey foi salgado: Miami enviou sua escolha 77 (terceira rodada) do próximo Draft e o tight end Hunter Long para Los Angeles pelo defensor. O jogador ocupará US$ 17 milhões na folha dos Dolphins. Já os Rams herdam em seu cap US$ 19,6 milhões, que devem ser repartidos entre 2023 e 2024, com possivelmente a troca sendo designada para ser oficial em 1 de junho.

Mudança completa

Fangio chegou e com ela uma mudança de sistema é esperado nos Dolphins. Se Josh Boyer – coordenador que o head coach Mike McDaniel herdou da gestão anterior – era conhecido por amar mandar blitz e jogar em coberturas individuais, com Fangio a estrutura deve ser bem diferente. O veterano treinador prefere o trabalho em zona, com dois safeties no fundo do campo, gerando pressão com apenas 4 homens. Para isso, prioriza defensive backs com capacidade de reagirem rápido ao jogo e isso Ramsey tem de sobra.

Mesmo completando 29 anos no decorrer de 2023, o ex-Rams ainda é um jogador de alto nível, tendo 18 passes defendidos e 4 interceptações na última temporada. Físico, lê muito bem os olhos do quarterback e antecipa as jogadas. Dessa forma, mesmo estando no fundo do campo, consegue fazer jogadas mais perto da scrimmage, algo que Fangio adora, já que utiliza bastante a cover-4, cobertura em que o cornerback cobre a lateral em profundidade.

Versatilidade importa

Outro ponto importante da chegada de Ramsey está em sua versatilidade. Nos seus anos de Los Angeles, ele foi visto em diversos alinhamentos e funções. Frequentemente, Ramsey alinhava no slot para cobrir uma zona curta ou prevenir um confronto desfavorável contra o principal recebedor do oponente, movido para dentro para tentar criar uma vantagem. Também vimos Ramsey indo atrás de tight ends, marcando George Kittle mano a mano, já seu tamanho – ele mede 1,85 m – permite isso.

Toda essa flexibilidade é importante para Fangio: o veterano coordenador tem como uma das premissas de seu sistema disfarçar coberturas e poucos fazem isso tão bem quando ele. Já que Ramsey é capaz de produzir bem em diversas funções, é possível que ele seja visto rodando pelo campo, trazendo um transtorno antes do snap para os quarterbacks identificarem as coberturas.

Com Xavien Howard também no plantel – jogador fisicamente parecido com Jalen e tecnicamente do mesmo patamar -, Miami forma uma dupla de cornerbacks de alto padrão para jogar numa divisão que tem o potente ataque aéreo do Buffalo Bills e que pode ver Aaron Rodgers desembarcando no New York Jets. Dá para dizer sem medo de errar: os Dolphins não estão para brincadeira e sim pensando bem alto.

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