Nesta quinta-feira, na abertura da temporada, ocorrerá a cerimônia em que serão induzidos os novos integrantes do Hall da Fama da NFL. Numa classe com jogadores como Ed Reed e Tony Gonzalez, que tive o prazer de acompanhar durante quase toda suas carreiras – o que prova que estou ficando velho -, além de Pat Bowlen, antigo dono do Denver Broncos, a indução de um jogador em especial me emociona: Champ Bailey. Um dos meus heróis no esporte, Bailey foi jogador dos Broncos pela maior parte de sua carreira e tem grande identificação com a franquia do Colorado.
Nascido na Georgia e desde cedo sendo um prodígio esportivo, Bailey optou pela universidade que leva o nome do seu estado. Jogando por três temporadas, de 1996 a 98, ele assombrou a NCAA jogando tanto na defesa quanto no ataque com a mesma eficiência. Além disso, Champ competia no atletismo em provas de velocidade e salto em distância, sendo o terceiro colocado no salto na divisão em 1998. Atuando primariamente como cornerback, o jogador se declarou elegível para o Draft de 1999 e foi a sétima escolha geral, selecionado pelo Washington Redskins.
Com imediato impacto defensivo, Bailey aproveitou-se dos momentos ao lado dos hall of famers Deion Sanders e Darrell Green, se tornando peça importante na defesa do time da capital americana. Foram cinco temporadas atuando pelos Redskins e com bons números: nesse período, Bailey teve 18 interceptações e mais de 300 tackles. Irritado com a proposta de renovação oferecida pela diretoria, entrou em atrito e ameaçou boicotar o training camp caso lhe fosse colocada a franchise tag. Com isso, foi trocado para os Broncos juntamente com uma escolha de segundo round pelo running back Clinton Portis.
Eis que começa a surgir realmente o jogador lendário que iria para o Hall da Fama: logo em seu primeiro jogo, no Sunday Night Football inaugural da temporada contra os Chiefs, Bailey interceptou uma bola numa amostra do que estaria por vir. Durante 10 temporadas, ele esteve na elite da posição na NFL e se tornou um dos maiores ídolos da torcida dos Broncos: neste período, foram quase 600 tackles e 34 interceptações – este último número poderia ter sido bem maior caso os quarterbacks não o tivessem evitado tanto. Três vezes All-Pro e líder da liga em interceptações em 2006. Champ consolidou neste período sua ida ao Hall da Fama.




