Hora do Café: Nem eu sei te explicar como os Lions venceram

O Detroit Lions arrancou uma vitória no braço sobre o Houston Texans, mas a forma que o fizeram gera otimismo e preocupação ao mesmo tempo

Lions

Hora do Café é a sua coluna matinal com um pequeno resumo do que aconteceu nos jogos de horário noturno da liga. A ideia é simples: saiba o que aconteceu no jogo da noite anterior enquanto toma seu cafezinho ao acordar cedo. O tema de hoje é a esquisita vitória do Detroit Lions

Estatísticas nem sempre contam toda a história da partida, mas sempre são um bom panorama. Se você não viu o Sunday Night Football entre Detroit Lions e Houston Texans, vencido pela equipe de Dan Campbell por 26 a 23, o placar equilibrado faz parecer que foi um grande jogo. Bem… foi, mas comece esse texto com uma informação na sua cabeça: Jared Goff lançou cinco interceptações durante a partida.

Esse jogo teve muito mais cara da versão antiga de Goff, que entrava em pane total quando era pressionado pela defesa adversária e não conseguia produzir. É bem verdade que uma dessas interceptações foi uma Hail Mary, então nada de anormal. Mas a inconsistência do quarterback esteve bastante evidente no domingo, tal qual sua resiliência para continuar lutando e, de forma impressionante, completar uma virada surreal do Detroit Lions.

Resiliência de Goff impressionou demais

Não tenho feito segredo algum de que, na minha visão, Goff era o melhor quarterback da NFL em 2024 – ao menos até a Semana 10. Sua evolução sob pressão era a grande chave, constantemente encontrando respostas e queimando as blitzes adversárias. Seus 74,9% de passes completos eram de longe a melhor marca da liga por um quarterback.

O que explica estatísticas tão ruins contra os Texans? Pois bem, ele foi mais pressionado que o normal e os Texans fizeram um excelente trabalho limitando o jogo terrestre, que ficou com apenas 3.3 jardas por carregada no Sunday Night Football e teria números ainda piores se não fosse uma boa corrida de Jahmyr Gibbs já no último quarto. Houston desafiou Goff a ganhar o jogo no braço e tirou muito do que facilitava seu trabalho, tudo isso enquanto vencia duelos individuais e mandava blitzes complexas.

Os números do quarterback são bem ruins: 15 passes completos em 30 tentativas, 240 jardas, 2 touchdowns e 5 interceptações. O ingrediente que não entra nessa conta é o da resiliência.

É o maior dos clichês, claro. Mesmo assim, cabe ao Detroit Lions, um time que se apegou aos clichês desde 2021 e colhe frutos dos mais macios desde então. Um jogo com cinco interceptações é um jogo em que você pode desistir e ir para casa, especialmente contra um time de altíssima qualidade. Detroit não pensa assim: a partir do momento em que voltou do intervalo, não cedeu mais um ponto sequer e deu a chance de Goff se redimir. Foi o que ele fez.

Brian Branch, você é ridículo

O problema do esperto é achar que todo mundo é bobo, e a NFL foi boba demais em deixar Brian Branch cair até a segunda rodada do Draft de 2023. Alertamos aqui, logo após o primeiro dia do Draft de 2023; chamamos de barganha logo após o final do Draft. É mais um dos casos de “como será que isso aconteceu?” e que, no fim das contas, todo mundo vai se arrepender. Quase todo mundo.

O Detroit Lions tem um safety de segundo ano que é uma absoluta estrela. Versátil, inteligente e com excelente técnica, Branch é um jogador completo e excelente, capaz de acompanhar rotas adversárias e fazer excelentes defesas de passe ao mesmo tempo em que se apresenta muito bem contra o jogo terrestre. Esqueça a ejeção de semana passada: ele mostrou em rede nacional o porquê analistas e torcedores dos Lions o amam tanto.

Branch é um excelente jogador.

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