Prévias 2021: Ano de reconstrução para os Texans, com ou sem Watson

Recheado de problemas em diversos setores e com pouco talento disponível, Houston vive um ano de completa reformulação em meios as turbulências dentro e fora do gramado. Com indefinição na situação de Deshaun Watson, o futuro se torna ainda mais incerto.

Os inúmeros erros de Bill O’Brien cobraram seu preço em Houston. O fracasso da última temporada, junto do imbróglio envolvendo Deshaun Watson, levou o time ao fundo do poço. 2021 será o primeiro passo da reconstrução, e por mais que as expectativas sejam nulas, esse não deixa de ser um ano importante, pois nele serão descobertas as bases que estabilizarão a equipe pelos próximos anos.

DRAFT E FREE AGENCY 2021: Sem muitas expectativas, a free agency dos Texans foi marcada por jogadores em contratos curtos em busca de impressionar para conseguir um vínculo mais longo ao fim da temporada, como Mark Ingram e Desmond King. Já não tinha tanto talento no elenco, mas Houston ainda perdeu dois de seus mais importantes jogadores em Will Fuller e J. J. Watt.

No Draft, sem escolhas de primeira e segunda rodada, a equipe mesmo assim conseguiu a proeza de tomar decisões questionáveis. A escolha de Davis Mills, por exemplo, não fez nenhum sentido, ainda mais pra um time que precisa de talento em praticamente todo o elenco. Ao menos as seleções de Nico Collins e Brevin Jordan, promissoras armas ofensivas, devem se pagar no futuro.

Principal reforço: Marcus Cannon, OT. Titular da sólida linha ofensiva do New England Patriots durante toda a década passada e três vezes campeão, Cannon chega para melhorar a proteção do lado direito do quarterback de Houston, seja ele quem for. Com essa contratação, Tytus Howard, escolha de primeira rodada em 2019, será movido para o miolo da unidade.

Principal perda: J. J. Watt, EDGE. Maior ídolo e melhor jogador da história da franquia, a perda de Watt não se limita apenas ao que ele fazia dentro de campo. Mesmo passado seu auge, ele sempre gerava preocupação para os ataques adversários; foram 29 pressões no quarterback[foot]Fonte: PFR[/foot] em 2020, apesar de ser o EDGE que mais recebeu dobras na liga.

Missão ofensiva: encontrar boas peças em uma terra abrasada

Diante da reconstrução, a principal tarefa da comissão técnica de Houston será identificar as boas peças que devem ser mantidas para o futuro. Ao menos, a franquia conta com dois bons nomes nessa difícil missão: Tim Kelly, grata surpresa como coordenador ofensivo, e Pep Hamilton, grande responsável pelo desenvolvimento de Justin Herbert no último ano.

Na principal posição do jogo, a incógnita ainda é grande. Watson voltou a treinar nesta semana, mas seu futuro é imprevisível – lembremos que ele responde a inúmeras acusações de assédio sexual, as quais devem se prolongar nos tribunais. Tyrod Taylor, provável titular por enquanto, não deve ser mais do que um quebra-galho. Já Mills, recém-draftado, ainda é extremamente cru para iniciar uma partida no nível profissional; ele vem sofrendo muitos nos treinamentos e só entrará em campo após uma virtual eliminação.

Assim, é importante que a linha ofensiva esteja em ordem, para evitar um problema ainda maior no jogo aéreo. Ao menos, a expectativa é melhor que a dos últimos anos: Laremy Tunsil continua sendo um dos melhores left tackles da liga e diminuiu o número de faltas (6 em 2020), seu maior problema ao longo dos anos. O já mencionado Marcus Cannon traz solidez à outra extremidade. Os jovens Max Scharping e Tytus Howard foram muito inconstantes em seus dois primeiros anos, mas tiveram boas atuações; com a melhora nas pontas, podem trazer relativa segurança no miolo da unidade.

Ao menos, Houston tem atletas interessantes no corpo de recebedores para ficar de olho. Brandin Cooks voltou a ter uma boa temporada e será o principal alvo do setor, embora sua proficiência em passes verticais não case perfeitamente com o estilo conservador de Taylor. O recém-chegado Anthony Miller é uma aposta muito interessante para atuar no slot, já que Keke Coutee vive entre altos e baixos.

Neste ano, contudo, o mais interessante será analisar o desenvolvimento dos calouros Nico Collins e Brevin Jordan. Collins vem impressionando nos primeiros treinamentos; se abusar de sua altura, será uma ótima arma na red zone e em passes contestados. A expectativa também é interessante em cima de Jordan; utilizado em vários alinhamentos em sua carreira em Miami, ele rapidamente pode se transformar em um versátil e moderno tight end, formando uma dupla interessante com Jordan Akins.

No comitê de running backs, a expectativa é baixíssima. Lotado de veteranos, o mais provável é que quase todo o grupo seja cortado ao final da temporada. Mark Ingram e David Johnson já estão na descendente de suas carreiras – devem ser mais utilizados na red zone e em descidas exclusivas de passe. O único real interesse paira sobre Phillip Lindsay, promissor em suas duas primeiras temporadas com o Denver Broncos; recuperando sua explosão, será importante.

Defesa será novamente a pior da liga?

A missão defensiva de Houston é, essencialmente, a mesma do ataque: encontrar o que pode ser mantido para o futuro. Só que, como uma das piores unidade da NFL em 2020, as expectativas do grupo são baixíssimas e qualquer pérola encontrada será um feito e tanto.

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